sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

injeção de ânimo

Há momentos em nossas vidas que passamos por tantas dificuldades que acabamos sendo enfraquecidos pelo inimigo, que é astuto e pai da mentira, e no meio desse bombardeio espiritual a primeira coisa que vamos nos distanciando é da oração, deixamos de orar, deixamos de pedir, deixamos de sentir, e quando percebemos a oração não faz mais parte do nosso dia-a-dia, não faz mais parte do nosso caminhar na casa de Deus. A segunda coisa que sobrevem na nossa vida é a vontade de não ir a casa de Deus, pois os problemas são tantos, as dificuldades são tantas, as provas são tantas que dizemos a nós mesmos que não queremos mais saber de nada, que queremos descansar, colocar as coisas no lugar, refletir… e é nessa hora que nos tornamos mais fracos e caimos.


É exatamente neste ponto que o inimigo começa a nos derrubar, começa a nos desanimar, começa a tirar a nossa  vontade e a alegria que temos de estar na casa e na presença de Deus, então não vamos hoje, não vamos amanhã, não vamos nesta semana, nem neste mês e quando percebemos não vamos mais…


Perceba amado que depois da sua vontade de orar a maior estratégia do mal é tirar você da igreja, é tirar você da casa de Deus, por que? Porque é na casa de Deus que somos confortados, é na casa de Deus que somos abençoados, é na casa de Deus que somos tocados, e é na casa de Deus que encontramos apoio para continuar, que recebemos uma injeção de ânimo. É simples assim, no salmo de Asáfe ele mesmo depois de ver que os ímpios prosperavam e ele não, descreve como ele veio a desanimar, e só veio a perceber o fim dos impios quando entrou na casa de Deus, quando teve uma injeção de ânimo  (Salmo 73).


E não foi diferente comigo, e garanto que não é diferente com muitos, após um bombardeio de provas e lutas, tribulações, senti me afastando de Deus, entristecido e sem forças, porém quando entrei na sua casa em um culto que tinha não mais do que 20 pessoas pude receber uma injeção de ânimo, uma injeção do óleo da unção que vem direto do trono de Deus, ministrada pelo Espírito Santo, e então pude me erguer e novamente tirar forças para lutar e guerrear contra o mal.


Se você está afastado, se não vai a igreja frequentemente, se está longe dos caminhos do Senhor é hora de regressar, pois esta injeção de alegria você só irá encontrar em um lugar, na Casa de Deus, mesmo triste, desanimado, mesmo sofrendo, se levante mais uma vez, procure uma Igreja entre com o coração aberto, e a mesma injeção que eu recebi será ministrada na sua vida, e você se tornará mais uma vez cheio do Espírito de Deus.

https://youtube.com/playlist?list=PL84cA79-32SxuWfnYQmwSSTJ3IGVnTtQE

segunda-feira, 19 de agosto de 2019


Lição 8 - AMordomia do TempoParte inferior do formulário

Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 25 de Agosto de 2019.
TEXTO ÁUREO
"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus." (Ef 5.15,16)

VERDADE PRÁTICA
Não se pode recuperar o tempo perdido; por isso, é indispensável aproveitar diligentemente o tempo que Deus nos concede.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 57.15: Deus habita na eternidade
Terça - Jo 1.1,2: No princípio o Verbo estava com Deus
Quarta - 2 Pe 3.8: Mil anos como um dia
Quinta - Ec 3.1: Há um tempo para todo o propósito
Sexta - Os 10.12: É tempo de buscar ao Senhor
Sábado - 2 Tm 4.2: Pregando a tempo e fora de tempo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Eclesiastes 3.1-8
1        - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
2        - há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3        - tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;
4        - tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;
5        - tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6        - tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7        - tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;
8        - tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
HINOS SUGERIDOS: 208, 224,484 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que o tempo não pode ser desperdiçado, mas aproveitado diligentemente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Conceituar o tempo;
Salientar a mordomia do tempo;
Mostrar como aproveitar o tempo.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Não podemos jamais recuperar o tempo perdido. Sua perda traz-nos frustração, prejuízos e violação da boa disciplina e ordem da vida. Ao longo das Sagradas Escrituras, vemos que Deus valorizou o tempo na vida do seu povo. Não por acaso, na Lei, Ele orientou o povo a disponibilizar o tempo para o trabalho, para o descanso e para a família.

Numa época em que muitos trabalham várias horas por dia, precisamos resgatar o conceito bíblico de tempo e procurar o máximo vivê-lo com diligência, de modo que o Senhor nosso Deus seja glorificado. Precisamos remir o tempo!
SUBSÍDIO EM ÁUDIO

PONTO CENTRAL
Devemos aproveitar o tempo diligentemente.

INTRODUÇÃO
Segundo a Bíblia, a origem do tempo está na intervenção de Deus ao criar o planeta Terra e o ser humano. No plano original, o ser humano foi criado para viver infinitamente. Mas, após a Queda, ele perdeu o direito à imortalidade e passou a experimentar um relacionamento finito com o tempo, onde passado, presente e futuro trazem a dimensão temporal da vida ter

rena. Assim, o ser humano percebe que sua existência é efêmera. Portanto, nesta lição estudaremos o conceito de tempo, sua mordomia e proveito.

I - CONCEITOS IMPORTANTES

1. A palavra tempo.
Tempo significa "série ininterrupta e eterna de instantes. Medida arbitrária da duração das coisas. Época determinada". Ele "é a duração dos fatos, é o que determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas, os séculos etc". Nesse sentido, a palavra tempo pode ter significados variados, dependendo do contexto em que é empregada. 0 tempo também é sinônimo de época, período, prazo, tempo musical, tempo verbal etc.

2. O tempo na Bíblia e na Teologia.
Deus criou o tempo. Ele o formou com o objetivo de estabelecer ciclos para suas obras criadas (Gn 1.14). Nesse aspecto, o homem também buscaria o seu Criador no tempo (At 17.26,27). Assim, sem a dimensão do tempo, o homem não compreenderia sua origem, começo, nem muito menos, o conceito de "eternidade".

A Bíblia emprega significados variados, sentidos reais e metafóricos, do tempo. Vejamos:

2.1. No princípio - a eternidade.
No Gênesis, o livro das origens de todas as coisas, o primeiro-capítulo inicia dizendo: "No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1). No hebraico, a expressão "no princípio" é bereshit, “princípio de tudo". A maioria dos estudiosos da Bíblia concorda que esse "princípio" é indefinido, pois é o "tempo de Deus", ou o seu kairós. João 1.1,2 expressa esse mesmo princípio.

2.2. Yom.
A palavra hebraica que corresponde ao dia natural de 24 horas. Ou seja, cada dia da semana, do mês, do ano. É o dia a dia no qual Deus nos concede viver. A mordomia do tempo insere-se nesse tempo de Yom, o dia natural.

2.3. Chronos.
É o termo grego para "tempo", que pode ser medido, contado e definido. Na teologia é considerado o "tempo do homem", isto é, o tempo cronológico. Além de incluir o "dia" de 24 horas, também refere-se a semanas, meses, anos, décadas etc. É o tempo que pode ser medido, dividido, analisado ou estudado. Nesse sentido, o salmista escreveu: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12,14).

2.4.    Kairós.
É "o tempo de Deus", que só pode ser definido por Ele mesmo. O apóstolo Pedro revelou que, para Deus, o tempo não pode ser avaliado com as mesmas categorias humanas de medição: "Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8-grifos meus). Jesus também ensinou que não se pode definir o tempo de Deus (Kairós)'. "E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (At 1.7).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O termo "tempo" remete-nos a duração das coisas, época determinada e sucessão de períodos.

II - A MORDOMIA DO TEMPO

1. Remindo o tempo.
O tempo é o único bem que não podemos recuperar. Por isso, a Palavra de Deus exorta-nos: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus" (Ef 5.15,16). Segundo o relatório "2018 Global Digital", o  Brasil está entre os três países do mundo em que a população passa, em média, mais de nove horas do dia navegando na Internet. É um dos dois únicos países onde o tempo médio diário, gasto nas redes sociais, supera as três horas e meia, portanto, bem acima da média mundial. Remir o tempo significa não desperdiçá-lo.

2.       Contar o tempo. O sal.mista escreveu: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12). Será possível contar os dias? Entender que são Limitados, finitos e terrenos é conscientizar-se do nosso limite humano. Não somos, pois, seres infinitos. Nosso Senhor declarou assim: "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" (Mt 6.34). Aprendamos, pois, contar o tempo que Deus nos deu!

3.       Â prestação de contas. Um dia nos apresentaremos diante de Deus, a fim de prestar contas dos bens espirituais e materiais que Ele nos concedeu. Tudo o que administramos com relação ao nosso corpo - as faculdades físicas e emocionais -, daremos conta a Deus. Sim, o Criador nos cobrará acerca do que fizemos com o nosso tempo.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A mordomia do tempo envolve o seu proveito diligente e a prestação de contas a Deus pelo uso.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"TEMPO E TEMPO

Deus nos deu o tempo. Ele não vive no tempo. O tempo é nosso, da humanidade. É um dom de Deus a cada ser humano. Ora, se o tempo é um dom que Deus nos concedeu, concluímos que, como dom, devemos saber como administrá-lo. Deus nos cobra por tudo que fazemos de errado, inclusive a má administração do nosso tempo. Por isso o apóstolo Paulo disse: 'Remindo o tempo porquanto os dias são maus'.

Existem muitas pessoas as quais pensam que o tempo é de Deus. De certa forma, estão certas. Quem criou esta dimensão e nos colocou nela foi Deus. Mas Deus fez o tempo para nós. O tempo é nosso. 0 tempo é dádiva, é próprio da humanidade. Ela deve saber como aproveitá-lo, como usufruir dele o máximo que puder, sem erros; se não desvalorizará as suas próprias almas.

Pensemos nisso um pouco mais e no sentido da individualidade" (DANIEL, Silas. Reflexões sobre a Alma e o Tempo: Uma teologia de chronos e kairós. Rio de janeiro: CPAD, 2001, p.124).

III - COMO APROVEITAR BEM O TEMPO

1. Use o tempo para Deus.
O crente e, especialmente, os obreiros, precisam reservar tempo para Deus. São momentos da vida devocional diária, oração e estudo Palavra, que não podem faltar em nossa vida piedosa.

1.1. Na oração.
Na Bíblia, os homens de Deus que se destacaram na vida devocional sempre deram valor à oração, (a) Davi e Daniel oravam três vezes ao dia (Sl 55.16,17; Dn 6.10,11); (b) Jesus orava diariamente (Mt 26.41-44). Ou seja, o ensino acerca de uma vida vigorosa de oração permeia as Escrituras.

1.2.    Na leitura da Palavra.
A Bíblia declara que Davi tinha prazer em ler a Palavra de Deus (Sl 119.97) e escondê-la em seu coração (Sl 119.11). Todo crente que ama a Deus tem prazer em meditar na palavra divina. 0 obreiro do Senhor precisa ler e estudar a Bíblia diariamente para a edificação pessoal, bem como o preparo na doutrina, ensino, exortação, orientação e advertências a Igreja de Cristo.

O apóstolo Paulo exortou a Timóteo a cuidar de si mesmo em primeiro Lugar (1 Tm 4.16). O apóstolo João desejou ao destinatário de sua terceira carta que tudo fosse bem em toda as coisas (3 Jó 1.2). Assim, além de cuidar da vida espiritual, a Palavra de Deus mostra que é importante cuidar da parte emocional, buscando o equilíbrio interior, que tanto beneficia a mente e o corpo.

3. Use tempo para sua família.
 Há líderes que têm tempo para a igreja, para viagens, seminários, conferências e convenções, mas deixam sua família em segundo ou terceiro planos. Há casos de casamentos destruídos por falta de valorização do cônjuge para com a sua família. Ora, não podemos deixar de priorizá-la.

Um dos recursos necessários para a edificação de sua família é o culto doméstico (Dt 6.7; 11.19). Pense nisso! Que o conselho de Paulo possa calar fundo em nossa alma:"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel" (1 Tm 5.8).

SÍNTESE DO TÓPICO III
O nosso tempo deve ser direcionado a Deus, a você mesmo e sua família.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"APROVEITE CORRETAMENTE O SEU TEMPO

[...] Quando o tempo é bem aproveitado, ele se torna satisfatoriamente extenso para os que o achavam curto por ser veloz e prazerosamente veloz para quem não gostava dele por achá-lo extenso.

Uma indagação interessante e oportuna seria: 'Como aproveitar bem o meu tempo?' A resposta óbvia seria: fazendo o que gosto e o que me faça progredir.

Fazer o que não gostamos é ruim demais. Quando faço o que não gosto, faço malfeito e perco o meu tempo, angustio a vida. Todavia, se doso bem o tempo medido com o tempo vivido, e este último é vivenciado intensamente no que gosto de fazer, tudo se encontra no seu devido lugar e não há mais insatisfação.

Existe ainda uma contraposição: não é verdadeira a afirmativa de que há coisas que fazemos e devemos fazer mesmo sem gostar? Sim, por causa da necessidade. Primeiro a obrigação (no sentido de dever, mesmo que sem prazer); depois os trabalhos que eu gosto de fazer (dever com prazer ou coisas que são boas para mim, mesmo que não sejam tão imprescindíveis) e, por fim, o lazer. Quando não seguimos essa regra, a relação entre tempo medido e tempo vivido não é satisfatória" (DANIEL, Silas. Reflexões sobre a Alma e o Tempo: Uma teologia de chronos e kairós. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.134).

CONCLUSÃO
Após a Queda, o homem passou a experimentar as agruras e os pesares da ação do tempo. Veio a envelhecer, enfermar-se e, finalmente, morrer. Mas, agora, em Cristo, somos exortados a remir o tempo, aproveitando-o de modo a glorificar a Deus e a honrá-lo enquanto estivermos na Terra, com os nossos olhos voltados para "Sião". Ali, junto ao Pai Celeste e ao Cordeiro, desfrutaremos plenamente da vida eterna. A morte não terá poder sobre nós.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019


Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 18 de Agosto de 2019.
TEXTO ÁUREO
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." (Ml 3.10)

VERDADE PRÁTICA
A entrega do dízimo e das ofertas é uma bênção e um privilégio para quem é grato e fiel a Deus.

Leitura Diária
Segunda - Lv 27.30: O dízimo é do Senhor
Terça -1 Cr 29.14: Tudo vem de Deus
Quarta - Dt 26.12: O dízimo para assistência social
Quinta - Mt 23.23: Jesus mandou entregar o dízimo
Sexta -1 Co 9.14: O sustento dos obreiros
Sábado -1 Co 6.20: Nós pertencemos a Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Malaquias 3.7-12
7        - Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
8        - Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
9        - Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação.
10      - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
11      - E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.
12      - E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.

HINOS SUGERIDOS: 247,330,403 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Explicitar que a entrega do dízimo e das ofertas é privilégio para quem é grato e fiel a Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Destacar as fontes de recursos da igreja local;
II. Explicitar a base bíblica para os dízimos e as ofertas;
III. Elencar a mordomia dos dízimos e das ofertas na igreja local.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A igreja local tem como recursos de subsistência os dízimos e as ofertas. Assim, cabe aos seus membros o financiamento da instituição local. O que, de fato, é muito saudável. Não é saudável uma igreja financiada pelo Estado ou outro meio extrabíblico. A igreja local é a expressão visível da Igreja de Cristo. Sua missão é evangelizar, manter a comunhão dos santos e servir aos santos e os de fora em suas necessidades. Portanto, os dízimos e as ofertas devem ser administrados na perspectiva do serviço cristão. Assim, é um privilégio financiar o Reino de Deus na Terra.

PONTO CENTRAL
A entrega do dízimo e das ofertas é uma bênção e um privilégio.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre os dízimos e ofertas na obra de Deus. Veremos que, de um lado, os dízimos e as ofertas pertencem a Deus e devem ser-lhe entregues com amor, alegria e fidelidade. Por outro, a liderança eclesiástica deve aplicar os recursos de forma correta, fiel e transparente. Assim, a mordomia desses recursos deve ser executada com base nos princípios da Bíblia Sagrada.



I- AS FONTES DE RECURSOS DA IGREJA LOCAL

1. Dízimos e ofertas.
A igreja Local tem como fonte Legítima de recursos os dízimos e as ofertas. Sem eles, muitos trabalhos ficariam inviabilizados. O fundamento para essa legitimidade está no Antigo Testamento (Lv 27.30-33, Ml 3.10), no Novo (Mt 23.23; 2 Co 8.8-15) e ao longo da História da Igreja. Não se trata, portanto, de uma prática que começou por imposição de uma pessoa ou de grupo ou de denominação, mas pela necessidade natural da Obra do Senhor.

2. O cuidado com recursos externos. Com base na Bíblia, os recursos financeiros da igreja evangélica jamais devem ser provenientes de governos ou  de órgãos públicos, ou de organismos financeiros. Nossa missão é divina! Que Deus guarde a igreja local de envolvimento com práticas ilícitas e abomináveis aos olhos de Deus.

3. Outras fontes de recursos.
Se a igreja local tiver um centro social de amparo às pessoas vulneráveis, não há impedimento para que o poder público envie recursos para tal ação social. Entretanto, é necessário cumprir as prescrições Legais para que não haja a possibilidade de qualquer "aparência do mal". Outrossim, a igreja jamais deve lançar mão de bingos, rifas e outros jogos de azar para aumentar suas receitas. Isso é pecado; desagrada a Deus.

SÍNTESE DO TÓPICO II
As fontes legítimas de recursos da igreja local são os dízimos e as ofertas.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Há segmentos no meio evangélico que tentam desencorajar o ato de entregar o dízimo. Uns dizem que um crente que entrega o dízimo é legalista, pois, dizem eles, "não há esse mandamento para a igreja do Novo Testamento".

Ao iniciar a aula proponha uma visão equilibrada sobre o assunto, a partir do auxílio teológico do tópico II. Exponha que o dízimo é uma prática majoritária na tradição cristã. E que a sustentação bíblica não passa apenas pela Lei de Moisés, mas principalmente pela voluntariedade de Abraão, Jacó, Jesus e a prática da igreja ao longo dos séculos.

II - A BASE BÍBLICA PARA OS DÍZIMOS E AS OFERTAS

1. Os dízimos no Antigo Testamento.
Muitos acusam de legalismo os que observam a disciplina do dízimo e das ofertas. Entretanto, veremos que a origem do dízimo é anterior à Lei, e que o que o legitima é o sentimento de gratidão do fiel ao seu Criador.

1.1.    Origem do dízimo.
De acordo com a Bíblia, a entrega do dízimo (hb. ma aser - décima parte) teve origem no sentimento sincero do patriarca Abraão. Como gratidão ao favor de Deus, ele deu o dízimo de tudo ao sacerdote Melquisedeque (Gn 14.14-20). Assim, é patente que, para além do valor material do dízimo, o gesto de generosidade é significativo. Quando o dízimo tornou-se lei, a gratidão, que é subjetiva, estava no "espírito" da lei. O povo de Israel devia ser grato ao Criador.

1.2. O dízimo é do Senhor (Lv 27.30).
Nesse sentido, quando entregamos o dízimo não restituímos nada a Deus nem fazemos barganha com Ele, pois, como percebeu o Rei Davi, "tudo vem de ti, e da tua mão to damos" (1 Cr 29.14). O dízimo é do Senhor!

1.3. O objetivo do dízimo no Antigo Testamento.
Deus instituiu o dízimo como Lei para a manutenção da sua Casa, sustento da classe sacerdotal e o cuidado com os órfãos e as viúvas (Ml 3.5; Dt 26.12; Jr 22.3). Nesse sentido, há promessas de bênçãos aos dizimistas fiéis (Ml 3.8-10).

2. O dízimo no Novo Testamento.
A Bíblia mostra que os fariseus eram rigorosos quanto à entrega dos dízimos. Esse entendimento está presente nas palavras de Jesus: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho". Entretanto, ao mesmo tempo Ele declarou: "desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas" (Mt 23.23 - grifo meu). Aqui, o que o Senhor denuncia é o legalismo e a hipocrisia dos fariseus, e não a entrega do dízimo mesmo. Vejamos dois propósitos do dízimo hoje:

2.1. O dízimo é necessário para manter o ministério em tempo integral. No Antigo Testamento, o dízimo servia para a manutenção dos sacerdotes e levitas (Ne 10.37; 18.21). 0 princípio do sustento do ministério integral permanece no Novo Testamento (1 Tm 5.17,18). Assim, aos ministros do Evangelho, que se dedicam exclusivamente à obra de Deus, que "vivam do Evangelho" (1 Co 9.14).

2.2.    O dízimo é necessário para a assistência social.
A Igreja de Cristo sempre teve compromisso com os órfãos, as viúvas e pessoas carentes em diversas condições. Tiago diz que esta é a verdadeira religião (Tg 1.27). Por isso, a igreja local tem o compromisso bíblico de cuidar, por exemplo, das viúvas que necessitam de ajuda (1 Tm 5.3,8). Isso é feito com o recurso dos dízimos.

3. As ofertas nas Escrituras.
A igreja no Novo Testamento se expandiu e se multiplicou (At 9.31; 16.5; 1 Co 16.19). Para ajudar os irmãos necessitados, bem como expandir a obra missionária, a igreja apostólica usou o expediente das ofertas (2 Co 9.10-15; Fp 4.14-17). A Bíblia mostra que o trabalho dos apóstolos era financiado pelos irmãos de diversas igrejas. Hoje, juntamente com os dízimos, as ofertas têm importância e são dirigidas a muitos fins: construção, necessidade humanitária, missões. Enfim, é um privilégio ofertar na obra do Senhor.

SÍNTESE DO TÓPICO II

As bases escriturísticas dos dízimos e das ofertas são o Antigo e o Novo Testamento.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Os preceitos mudam ou desaparecem, todavia os princípios são imutáveis e permanentes. Nos patriarcas o dízimo ocorre não em função do preceito ou mandamento, mas em razão do reconhecimento do princípio da bondade e dependência divina (Gn 14.20; 28.22).

Aqueles que ainda hoje creem que o Antigo Testamento exige a prática do dízimo, mas que o Novo não contém essa exigência, devem observar que a natureza do culto e seus fundamentos no Novo Testamento não mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas não a sua função. 0 culto levítico com seus milhares de rituais já não existe, todavia o princípio do sacerdócio continua ainda hoje (1 Pe 2.9; Ap 1.6). Passou o sacerdócio de Arão, ficou o sacerdócio cristão (Hb 4.14-16; 10.11,12; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6). A justificativa que alega que o cristão não está debaixo do preceito legal do dízimo mosaico é falha por não levar em conta que o cristão permanece ligado ao princípio moral do dízimo abraâmico. Abraão, o pai dos que creem, devolveu o seu dízimo de forma espontânea e voluntária antes do preceito legal (Gn 14.20), o que deve servir de modelo para todos os crentes.

A Bíblia mostra claramente que a ordem sacerdotal a quem Abraão entregou seu dízimo é eterna, ao contrário da ordem do sacerdócio levítico, que era transitória (Hb 5.10; 7.1-10; Sl 110.4). Portanto, aqueles que não reconhecem mais o preceito da obrigatoriedade concernente ao dízimo, como ensinou Moisés, deveriam se submeter ao princípio da voluntariedade como exemplificou Abraão" (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.143-44).

lIl - A MORDOMIA DOS DÍZIMOS E DAS OFERTAS NA IGREJA LOCAL

1. Como deve ser a entrega dos dízimos e das ofertas na igreja local?

1.1.    Com gratidão a Deus.
Deus é o dono de tudo: da Terra e de seus habitantes (Sl 24.1). Somos propriedade dEle (1 Co 6.20). Só temos saúde porque Ele permite. Só trabalhamos porque Ele nos concede forças. Estamos de pé porque Ele cuida de nós. A gratidão a Deus é a virtude primeira na entrega dos dízimos e das ofertas.

1.2.    O dízimo deve ser calculado a partir da renda bruta.
É comum irmãos terem dúvidas quanto ao cálculo para separar o dízimo: “Devo separá-lo da renda líquida ou bruta?". O princípio bíblico que norteava a entrega do dízimo no Antigo Testamento é o das "primícias" (Pv 3.9,10). Por isso, nossa orientação é que o dízimo deve ser retirado da renda bruta. Antes de preocupar-se em pagar as prestações, a água, a luz, o gás ou qualquer outra despesa, honre ao Senhor com suas primícias.

1.3.    Os dízimos e as ofertas devem ser levados "à casa do tesouro".
O dízimo e as ofertas têm de ser levados ao tesouro da igreja local. No templo, em Jerusalém, havia um lugar chamado de “a casa do tesouro" para receber os dízimos do povo (Ne 10.37-39). Assim, hoje, cabe ao cristão levar o dízimo e as ofertas à tesouraria da igreja local; e cabe à Liderança da igreja a correta e transparente administração dos dízimos.

2. O dízimo dos empresários.
Geralmente não poucos profissionais liberais e empresários têm dificuldade de calcular o dízimo. Como eles não têm uma renda fixa, há muitas dúvidas quanto a essa entrega. Para isso, damos a seguinte orientação:

2.1.    O dízimo deve ser calculado com base na renda.
O faturamento empresarial não é renda, pois inclui os custos da empresa e o lucro. O faturamento pertence à empresa, e não ao empresário. Assim, o lucro é o excedente sobre o custo. Desse Lucro, além do valor que lhe permite reinvestir nos negócios, o crente empresário deve tirar a sua renda, ou o tecnicamente denominado Pró-Labore. Ou seja, dessa renda ele deve tirar o sustento direto de sua família. Logo, o dízimo tem de ser calculado a partir dessa renda familiar.

2.2.    O controle da renda.
Para calcular a sua renda, o empresário cristão deve anotar numa planilha, no computador ou mesmo num caderno, o quanto e a regularidade com que ele retira da empresa o valor para a sua manutenção: se diário, se semanal, se quinzenal, se mensal etc. Do valor retirado, simultaneamente, pode-se separar o dízimo. É melhor fazer assim do que deixar para tirar tudo de uma vez. Outro ponto importante é que o empresário deve retirar também o dízimo de sua renda bruta.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A mordomia em relação aos dízimos e ofertas na igreja local envolve a gratidão e o princípio das primícias.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

Dízimos e ofertas como fontes de bênçãos

Os dízimos, ofertas e votos que eram feitos a Deus no Antigo Testamento jamais devem ser interpretados como uma prática de barganha. A ideia de que Deus nos dará algo em troca ou que Ele agora é devedor, ficando na obrigação de pagar tudo que nos deve, porque como dizimistas nos candidatamos a receber as bênçãos sem medida, caracteriza sem dúvida alguma a prática da barganha. O barganhista faz esperando receber algo em troca. Ele condiciona a fé em Deus ao cumprimento dos seus desejos. Em outras palavras, se Deus fizer o que o barganhista pede ou necessita então ele em contrapartida também fará o que prometeu.

[...] [Devemos] ver as bênçãos de Deus, decorrentes de nossa fidelidade, como devem ser vistas, isto é, sem aquela ideia de troca tão comum em muitas igrejas. Nas Escrituras, portanto, é possível verificarmos que as bênçãos de Deus alcançam os dizimistas e ofertantes" (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.148-49).

CONCLUSÃO
Entregar o dízimo e ofertar não é "obrigação", mas privilégio. Ora, Deus nos concedeu a vida, a salvação, a saúde, a família, a segurança, a paz, os irmãos na fé, os amigos, as oportunidades e as vitórias nas lutas. Reconhecer todas essas bênçãos é cultivar um coração grato. Assim, todo cristão sincero entrega o dízimo e a oferta com satisfação, gratidão e alegria, para então, contribuir para o crescimento e o fortalecimento do Reino de Deus e sua obra.