segunda-feira, 29 de julho de 2019


Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 4 de Agosto de 2019.
TEXTO ÁUREO
“Escrevo-te estas coisas [...] para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade." (1 Tm 3.14,15)

VERDADE PRÁTICA
O cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comunhão e serviço ao Reino de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 16.18: Jesus edifica a sua Igreja
Terça - At 12.5: Uma igreja de oração
Quarta - Rm 16.5: A igreja em casa
Quinta -1 Co 4.17 Igreja, lugar de ensino
Sexta -1 Co 14.12: Igreja, lugar de edificação
Sábado - Ef 1.22: Jesus, o Cabeça da Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25
Atos 9
31 - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.

1      Coríntios 1
1        - Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes,
2        - à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus,
chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.

Hebreus 10
24      - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
25      - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.

HINOS SUGERIDOS: 53,376, 530 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Expor que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Apresentara mordomia dos bens espirituais;
II. Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja;
III. Conscientizar acerca da mordomia dos crentes na igreja Local.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma pergunta sempre é especial para o início de uma reflexão. 4 nossa, nesta lição, é sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas "odiada" por outros. Há quem pense que se pode amar Cristo, mas não a sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento, a partir do ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi possível por causa do exemplo maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja. Nesta lição, queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la.

PONTO CENTRAL
A igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.

INTRODUÇÃO
A igreja local é formada por pessoas que se reúnem para adorar, congregar e servir a Deus. Nesta lição, refletiremos sobre as nossas responsabilidades quanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa comunhão com o Pai Celeste e com os irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste estudo!

I - A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS

1. A mordomia e a valorização da Palavra de Deus.
Ao longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua Palavra aos seus seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou com e por meio de Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por intermédio de outros profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos dias, revelou-se através de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).
Hoje, pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical são os mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas locais. Por isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a em profundidade e realçando o seu inestimável e infinito valor.

Espera-se que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a primazia (Sl 119.11). Num culto, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada deve ter toda a prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os prejuízos espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis.

2. A mordomia na evangelização e no discipulado.
Uma das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com essa demanda, a Palavra de Deus deve ser proclamada "a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.2). Somente ela pode transformar o interior das pessoas.

Todavia, paralelo à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19), que é a mordomia da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo prazos. Sem discipulado não há aprofundamento da fé, perseverança, fidelidade e maturidade cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há real discipulado, a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o discipulado é ignorado, esse dado cai vertiginosamente.

3. A mordomia no uso dos dons espirituais.
Os dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder e unção à Igreja. Eles confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a Cristo. A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja, ou seja, aos salvos: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.10 - grifo meu).

Na Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co 14.40). Por esse motivo, certas práticas estranhas ao Movimento Pentecostal não devem ser estimuladas nem toleradas no culto público, tais como marchar, pular, rodopiar ao som de batidas, correr de um Lado para outro, sapatear, fazer "aviõezinhos" etc. Segundo a Bíblia, isso é meninice, imaturidade e, muitas vezes, revela apenas carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de Deus, a evangelização, o discipulado e o uso dos dons espirituais.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Quantos minutos você gasta por dia para Ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja? Você tem algum dom espiritual?

Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas é encontrado na vida de muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos abnegados.
CONSULTE

II - A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA

1. A assistência social no Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de assistência social:

1.1.    Nos salmos.
Davi, homem de Deus, analisando a situação do próximo, afirmou: "Fui moço, e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão" (Sl 37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista podia concluir que o "Jeová Jiré" não desampara jamais aqueles que o servem (Sl 82.3,4).

1.2. Nos provérbios.
O sábio escreveu: "Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não compreende isso" (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir quanto à necessidade de nossos irmãos.

1.3. Nos profetas.
Isaías, o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17). Jeremias, o "profeta das lágrimas", falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O profeta Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela sua omissão em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de igual modo para exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos, viúvas e estrangeiros (Zc 7.9,10).

2. Assistência social no Novo Testamento.
Aqui também encontramos fundamentos para a obra de assistência social:

2.1. Nos Evangelhos.
Jesus, em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para alimentar as multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu muita importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja local, os cristãos têm o privilégio de prover o alimento necessário para aqueles que necessitam do pão cotidiano.

2.2. Nos Atos dos Apóstolos.
Os diáconos foram escolhidos para cuidar da assistência social da igreja. Tal trabalho foi considerado pelos apóstolos um "importante negócio" (At 6.1-6). Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que os crentes "tinham tudo em comum" (At 2.44,45).

2.3. Nas Epístolas.
O apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de socorro aos pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua carta, já afirma que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e guardar-se da corrupção (Tg 1.27), pois "a fé sem as obras é morta em si mesma" (Tg 2.17).

3. Agindo para glória de Deus e o alívio do próximo.
Não precisamos, portanto, do Socialismo, ou do Marxismo, ou da Teologia da Libertação (braço auxiliar do marxismo que dessacraliza o evangelho e politiza o Reino de Deus) para acolher e cuidar dos necessitados. Os representantes dessas ideologias usam um ideal supostamente nobre para escravizar pessoas e perpetuarem-se no poder. Infelizmente, o nosso país, bem como toda a América Latina, é vítima dessa ideologia nefasta.

O fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia. A Igreja de Cristo deve socorrer os menos favorecidos porque o amor de Deus está em nós, e, portanto, devemos amar o nosso semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10).

Que estrutura as igrejas locais têm para atender os novos convertidos que se acham entre certos grupos: prostitutas, moradores de rua, drogados, famintos, deficientes e deprimidos? É preciso, à luz do exemplo do nosso Salvador, e dentro das nossas possibilidades (Ec 9.10), estruturar o mínimo de condições para resgatar tais segmentos. Sejamos zelosos na mordomia da ação social!

SÍNTESE DO TÓPICO II
A ação social no Antigo Testamento tem base nos livros dos Salmos, Provérbios e profetas; no Novo, nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas.

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
Diakonia ('Serviço', 'ministério'). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o ministério encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio.

A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de Deus. A Igreja, revestida pelo poder do Espírito, terá de passar das palavras para ações se quer ver realizados os propósitos de Deus. Não poderá haver maneira de fugir deste fato: se vamos realmente servir no ministério continuado de Jesus Cristo, esse serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.604).

Ill - A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL

1. Em primeiro lugar é preciso congregar.
É notório o crescimento dos "desigrejados". Não temos espaço aqui para entrar em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos maiores perigos deste movimento é esta falsa ideia: já que a "igreja sou eu", não preciso frequentar os cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local.

Ora, não é isso o que a Bíblia ensina, mas exatamente o contrário: "não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns" (Hb 10.25). Quer sua igreja local seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação, alegre-se em orar com os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de Deus, compartilhar os dons espirituais e assistir aos mais necessitados. Tenha a alegria de congregar! Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja, o seu corpo.

2. Líderes cristãos como mordomos.
Os pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm grande responsabilidade diante de Deus pelas almas que lhe são confiadas. Essa responsabilidade está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor ensina-nos como cuidar das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos discípulos, e ensinou: "Entendeis o que vos tenho feito? [...] Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.12,15-grifo meu). Aqui, está claro que nenhum líder deve comportar-se como "maior que os outros", inacessíveis aos humildes servos do Senhor, mas todos devem fazer parte da "irmandade da bacia e da toalha". Essa perspectiva consciente da liderança evangélica é o mais eficaz antídoto contra o orgulho.

3. A mordomia dos membros e congregados.
Numa igreja local, além dos líderes terem uma responsabilidade específica, o membro do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra do Senhor, exercendo a mordomia do Reino de Deus conforme a sua capacidade. Orando, louvando, testemunhando, evangelizando, visitando enfermos e afastados, liderando departamentos e realizando outras atividades. É preciso trabalhar "enquanto é dia" (Jo 9.4).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar, os líderes e também os membros como mordomos do Reino de Deus.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Há vária passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma descrição clara do que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a metáfora da igreja como um corpo com muitos membros. Em 1 Coríntios 13, ele estabelece o amor como a atitude e a ação centrais que todos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja visão a respeito do conceito de membresia está equivocada.

Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de membresia como um conceito organizacional ou ligado à administração. Por isso, eles refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de membresia é extremamente bíblico. A Bíblia explica 'membros' de um modo diferente da cultura secular. Por exemplo, observe o termo em 1 Coríntios 12.27,28:

'Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja...'.

Você percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o todo e são partes essenciais do todo [...]" (RAINER, Thom S, Eu Sou Membro de Igreja: Descobrindo a atitude que faz a diferença. Rio de janeiro: CPAD, 2018, p.25).

CONCLUSÃO

A mordomia na igreja Local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a nossa vocação e perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um grande privilégio servir a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja um mordomo fiel na igreja em que você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame à igreja e congregue com alegria. Valorize a igreja local.


segunda-feira, 22 de julho de 2019


Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 28 de Julho de 2019.
TEXTO ÁUREO
"Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: [...] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor." (Js 24.15)

VERDADE PRÁTICA
A família é a primeira instituição criada por Deus e, por isso, é a nossa "primeira igreja", pela qual devemos amorosamente zelar.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.18: Deus não aprova a solidão
Terça- 1Co 7.1,2: Monogamia e heterossexualidade: o padrão de Deus para o casamento
Quarta-Gn 12.3: Em Abraão, Deus abençoou todas as famílias
Quinta -1 Co 6.10: Os homossexuais não herdarão o Reino de Deus
Sexta -1 Tm 5.8: Quem não cuida da família é pior que o infiel
Sábado-Ef 6.1-3: Filhos criados na doutrina e admoestação do Senhor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué 24.14,15; Efésios 5.22-25,28
Josué 24
14 - Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor.
15 - Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

Efésios 5
22      - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
23      - porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
24      - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25      - Vós, mandos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.

HINOS SUGERIDOS: 243,432, 531 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Conscientizar os alunos de que a família é a primeira instituição e que, portanto, devemos zelá-la amorosamente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Destacar a família no plano de Deus;
II. Explicar a mordomia da família;
II. Radiografar a família cristã sob ataque.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O modelo tradicional da família está em sistemático ataque secular. É claro o incômodo de movimentos progressistas em relação ao modelo tradicional da família, como se fosse uma afronta valorizar o núcleo familiar constituído de um casal heterossexual, monogâmico e com gênero definido. A Palavra de Deus nos ensina a valorizar a família, e mais: deixa clara a missão dos pais em ensinar a criança no ambiente familiar tradicional (Dt 6.1-9). É vontade de Deus que cada criança tenha um pai e uma mãe para zelar por ela e cuidá-la. As infelizes exceções não podem subjugar um modelo instituído por Deus, que está dando certo ao longo dos séculos.

PONTO CENTRAL
A família é a primeira instituição criada por Deus.

INTRODUÇÃO
Na presente Lição, veremos que a família é a base de nossa vivência. Nela, nascemos, criamo-nos e dela dependemos por toda a vida. Veremos que todo esse processo é o plano de Deus revelado desde o Gênesis. Nas Escrituras, a família é tão importante que o apóstolo Paulo classifica de "pior que o infiel" quem dela não cuida (1 Tm 5.8). Assim, o propósito

desta lição é mostrar que o amor de Deus pela humanidade faz com que todas as famílias da terra sejam o alvo de sua bênção (Gn 12.3).

I - A FAMÍLIA NO PLANO DE DEUS

1. A instituição do casamento.
Antes de estabelecer a família. Deus instituiu o casamento. O Senhor Jesus confirmou essa instituição original e legal, conforme a Lei de Deus: "Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?" (Mt 19.4,5; cf. Gn 2.24). Aqui está, de maneira clara, a origem do casamento como instituição divinamente estabelecida.

2. Origem da família.
O livro de Gênesis relata que a partir do homem e da mulher, Deus estabeleceu a família:” E Deus os abençoou e Deus Lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 1.28). Essa instituição é tão importante diante de Deus, que Ele a criou antes do Estado e, até mesmo, da Igreja. E foi a partir de uma família que o Altíssimo prometeu abençoar todas as demais:” E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.3).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Deus estabeleceu o casamento e, consequentemente, a família.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Inicie a aula de hoje, perguntando: “Qual a origem da família?" Ouça as respostas dos alunos. Estimule para que eles participem a fim de obter as respostas. Após ouvir as respostas atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do tópico. Aproveite este texto para corroborar a explicação: "O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses umas das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim que se comunicam, se amam e se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre os membros da família e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indica o grau e o nível das relações com o Pai e determina o curso do sucesso na família.

Vale lembrar que a família foi criada por Deus com elevados propósitos em todos os sentidos da vida, inclusive quanto ao número de filhos" (SOUZA, Estevam Ângelo. ...e fez Deus a família: 0 padrão divino para um lar feliz. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.30).

II - A MORDOMIA DA FAMÍLIA

1. Os princípios que regem o casamento cristão.
Há um manual de união matrimonial: a Bíblia Sagrada. Nela, encontramos princípios universais e atemporais para o casamento.

1.1. O princípio da monogamia.
No plano original de Deus para o casamento, o princípio da monogamia está declarado assim: “Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne" (Gn 2.24). Mas, infelizmente, após a Queda, o homem desviou-se do plano divino, e distorceu as diretrizes básicas de Deus para o matrimônio. Por exemplo, a Bíblia narra a história de Lameque, filho de Metusael, que deu início à prática da bigamia (Gn 4.19). Assim, com o passar do tempo, a poligamia também foi temporariamente aceita na comunidade hebreia.

Quando o ser humano se rebela contra a vontade monogâmica de Deus quanto ao casamento, um abismo passa a chamar outros abismos: incesto, homossexualismo, pedofilia, zoofilia, necrofilia e outras abominações semelhantes.

Diante de um quadro tão grotesco e estarrecedor, a Palavra de Deus impõe-nos o padrão monogâmico, heterossexual e indissolúvel como a vontade original do Criador para o matrimônio (1 Co 7.1,2).

1.2. O princípio da heterossexualidade.
Nas Escrituras, Deus definiu para o casamento o princípio da união heterossexual: um homem e uma mulher unidos para sempre sob as bênçãos divinas.

Quando Gênesis 2.24 estabelece o princípio monogâmico e heterossexual, o texto identifica o homem que deixa a casa do pai e da mãe, para unir-se à sua mulher, tornando-se “ambos uma só carne". Ao lado da monogamia, a heterossexualidade é o princípio inegociável em qualquer tempo ou lugar. Entretanto, cabe aqui uma advertência bíblica e séria: esses dois princípios só sustentam o casamento se forem vividos sob a égide do verdadeiro e sacrifical amor de ambos os cônjuges (Mt 22.37-40; cf. Ef 5.22-25). Por isso, lute por seu amor; ame o seu cônjuge; renove os votos matrimoniais periodicamente.

2. A prioridade da família.
A igreja local deve incentivar a mordomia da família de forma constante e efetiva. O cristão precisa ter as prioridades corretas da vida. Normalmente, há muitos crentes e, até mesmo pastores, que priorizam a seguinte ordem: a) Deus; b) igreja; c) esposa; e d) filhos. Qual o equívoco dessa ordem de prioridades?

Biblicamente, o crente deve priorizar (1) Deus; (2) sua própria vida; (3) seu cônjuge; (4) seus filhos; (5) e a igreja local. Ora, alguém poderá indagar: Mas a Bíblia não diz que devemos priorizar o Reino de Deus? (Mt 6.33). Sim, é verdade. Entretanto, dentro da economia divina, há uma hierarquia muita clara para que a mordomia com a família seja plenamente atendida.

A Palavra de Deus diz que se alguém não cuida de sua família não se encontra preparado para liderar a Igreja de Cristo (1 Tm 3.4,5). É muito triste quando o obreiro encontra-se empenhado em ganhar outras famílias para Cristo, mas perde sua própria casa por falta de atenção, zelo e amor (1 Tm 5.8).

3. O relacionamento entre pais e filhos.
Na mordomia da família, alguns cuidados devem ser tomados a fim de que os filhos sejam criados na "doutrina e admoestação do Senhor" (Ef 6.4). Eles são herança e galardão de Deus (Sl 127.3). Como sacerdotes do lar, os pais devem realizar o culto doméstico. É muito importante priorizar esse momento para instruir os filhos na Palavra de Deus. Além de zelo espiritual, os pais devem ser exemplos de amor conjugal, paternal e maternal.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Os princípios que regem o casamento cristão são o da monogamia e da heterossexualidade.

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
"A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi criada pelos homens. O primeiro polígamo da história foi Lameque (Gn 4.19). A declaração bíblica 'e apegar-se-á à sua mulher (Gn 2.24) fala da monogamia, isto é, o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa. [...] O Novo Testamento restabeleceu o princípio monogâmico original da criação (Mt 19-5; 1 Co 7.2; 1 Tm 3.2).

Jesus disse que, se uma mulher casada for de outro homem, comete adultério contra o seu marido, se ele estiver vivo; e da mesma forma o marido, se for de outra mulher, comete adultério contra a sua mulher, se ela estiver viva (Mc 10.11,12). Jesus foi mais profundo, cortando o mal pela raiz, pela causa, e não pelo efeito. Ele declarou: 'Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela' (Mt 5.27,28). É verdade que nem sempre podemos impedir que as aves pousem em nossa cabeça, mas podemos impedir que ali façam ninhos. Ninguém está livre de ser sobressaltado por pensamentos pecaminosos, mas qualquer cristão pode perfeitamente impedir que esses pensamentos sejam cultivados (Cl 3.1-5)" (SOARES, Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.16-17).

III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE

1. O ataque do Estado materialista.
De um modo geral, os países são governados por homens materialistas e indiferentes ao bem comum. Muitos governantes tornam-se agentes do Diabo, visando a destruição da família e da Igreja de Cristo.

Por essa razão, temos de usar estratégias poderosas para vencer os ataques do Maligno: a valorização da Palavra de Deus no lar, o culto doméstico, a leitura de boa e comprovada literatura cristã e a constante vigilância e prática da oração. Que a Palavra de Deus norteie o nosso lar (Dt 11.18-21)!

2. O ataque da famigerada Ideologia de Gênero.
Engenheiros sociais modernos trabalham pela desconstrução da família criada por Deus. Karl Marx, um dos teóricos fundadores da doutrina comunista, disse que a família deveria ser abolida.

Dessa forma, o Diabo usa a "famigerada ideologia de gênero" para abolir os princípios que Deus estabeleceu para a família. Segundo essa diabólica ideologia, ninguém nasce com sexo determinado. A criança não nasce macho nem fêmea, pois ela "se torna homem ou mulher" por meio da construção social. Assim, quem constrói o sexo masculino e feminino é a sociedade. Esse é o maior ataque aos princípios de Deus para a família e para a identidade natural da pessoa (Gn 1.27,28).

3. Um ataque a Deus e à ciência.
Ao ensinar que ninguém nasce "homem" ou "mulher", os engenheiros sociais procuram destruir a identidade natural e biológica do ser humano. E também ignoram por completo que Deus criou o "homem" e a "mulher" (Gn 1.26,27).

Essa teoria, além de ser um ataque frontal a Deus, também é uma violência à Ciência. A Biologia define uma pessoa masculina por causa de seu aparelho reprodutor masculino. Ou seja, há hormônios masculinos, marcadores biológicos e cromossomos igualmente masculinos. Assim também dá-se em relação à mulher, pois ela é definida por causa de seu aparelho reprodutor feminino. Logo, ela tem hormônios femininos, sua 30 Lições Bíblicas /Professor

genética possui os cromossomos XX que marcam a identidade feminina. Tais conhecimentos são elementares e estão ao alcance de todos, facultando à família cristã rebater seguramente esse pensamento.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A família está sob ataque do estado materialista e da ideologia de gênero.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

"COMO REALMENTE INFLUENCIAR A SOCIEDADE

A esse respeito, criar filhos - não a política, não a sala de aula, não o laboratório, nem mesmo o púlpito - é o lugar da maior influência. Supor o contrário é ser cativo da ilusão secular atrofiada. Devemos entender que é através da família cristã que a graça de Deus, uma visão de Deus, os erros do mundo e um caráter cristão são mais poderosamente transmitidos.

No Antigo Testamento, quando Deus escolheu guiar o seu povo, a Bíblia repetidamente indica que Ele procurou uma pessoa (veja Is 50.2,10; 59.16; 63.5; Jr 5.1; Ez 22.30). Um único indivíduo santificado pode fazer toda a diferença neste mundo. Não devemos sucumbir à matemática enganosa do pensamento mundano, que considera que a dedicação da vida de uma pessoa a umas poucas pessoas que não são amplamente conhecidas no mundo (no caso, os membros de nossa família) seja um desperdício escandaloso de seu potencial. Pais, não abandonem o seu lugar de influência. [...] Acredite" (HUGHES, Barbara; Kent. Disciplinas da Família Cristã. Rio de janeiro: CPAD, 2006, p.20).

CONCLUSÃO
Só há uma maneira de preservar a família da destruição espiritual e moral dos tempos atuais: criando-a de acordo com a Lei de Deus. Noé salvou sua família da destruição porque a criou segundo a

Palavra de Deus (Gn 7.1). Josué também tomou posição ao lado de Deus com a sua família. Diante dos desvios do povo, sua declaração é solene e exemplar: "escolhei hoje a quem sirvais: [...] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15).