Parte inferior do
formulário
Lições Bíblicas do 4° trimestre de
2018 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 30 de Dezembro de 2018
TEXTO ÁUREO
"Porquanto, qualquer que a si
mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será
exaltado." (Lc 14.11)
VERDADE PRÁTICA
Jesus apresenta, a partir de seu
próprio exemplo, o caminho da humildade e do amor altruísta como indispensável
aos que querem servi-lo.
LEITURA DIÁRIA
Seg. Fp 2.3: Considerar os outros
superior a nós mesmo
Ter. Rm 12.3: Não ter conceito elevado
de si mesmo
Qua. Pv 22.4: O prêmio da humildade
são riqueza, honra e vida
Qui. Ef 4.1,2: Andar em humildade é
uma posição digna da nossa vocação
Sex. 1Pe 5.6: Humilhar-se debaixo da
potente mão de Deus
Sab. Pv 18.12: A humildade vem sempre
antes da hora
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Lucas 14.7-14
7- E disse aos convidados uma parábola,
reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes:
8- Quando por alguém fores convidado às
bodas, não te assentes no primeiro lugar, para que não aconteça que esteja
convidado outro mais digno do que tu,
9- e, vindo o que te convidou a ti e a
ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o
derradeiro lugar.
10- Mas, quando fores convidado, vai e
assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te
diga: Amigo, assenta-te mais para cima. Então, terás honra diante dos que
estiverem contigo à mesa.
11- Porquanto, qualquer que a si mesmo
se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
12- E dizia também ao que o tinha
convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem
os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda
que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado.
13- Mas, quando fizeres convite, chama
os pobres, aleijados, mancos e cegos
14- e serás bem-aventurado; porque eles
não têm com que to recompensar; mas recompensado serás na ressurreição dos
justos.
HINOS SUGERIDOS: 35, 541, 355 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Expressar o valor da humildade e do
amor desinteressado.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Findamos mais um trimestre e com ele
encerramos o ano de 2018. Além do que ainda temos a aprender com esta última
lição, recebemos, ao longo deste trimestre, valiosos esclarecimentos para a
nossa caminhada cristã. A revista não poderia terminar melhor, pois estamos
diante de mais uma lição essencialmente prática. Para além das importantes
questões concernentes à vida espiritual, a presente lição é uma aula de
etiqueta e de como comportar- se em sociedade e em ambientes específicos onde o
exercício do bom senso e da discrição só faz bem. Aproveitemos uma vez mais
essa oportunidade de aprendizado para melhorarmos nosso comportamento e forma
de relacionar-se. Uma excelente aula e término de trimestre.
PONTO
CENTRAL: Humilhar-se e praticar o amor sem esperar nada em troca são
posturas cristãs.
INTRODUÇÃO
Jesus contou a parábola dos primeiros
assentos, ou lugares de honra, e dos convidados, ao participar de uma refeição
na casa de um fariseu. Ele instruiu a todos acerca da humildade e do perfil das
pessoas que devem ser convidadas para ocasiões especiais. O verdadeiro objetivo
do fariseu, e de seus companheiros, era encontrar algo em Cristo que pudesse
condená-lo. Na ocasião, Jesus observou o perfil dos convidados e notou que eles
buscavam escolher os primeiros lugares. Foi a partir dessa observação, e também
do perfil dos convidados, que o Mestre contou essa curta, mas instrutiva,
parábola.
I- INTERPRETAÇÃO DA
PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS
I- Interpretar a parábola dos
primeiros lugares e dos convidados;
1. O dia, a ocasião e o local.
O dia, a ocasião e o local onde essa
parábola foi contada são três pontos importantes para se entender sua
importância. No início do capítulo somos informados que, num sábado, Jesus fora
comer na casa de um dos chefes dos fariseus e deparou-se com um homem
hidrópico, (Lc 14.1,2). Após provocar os fariseus que ali estavam, Jesus curou
o enfermo e ele se foi (Lc 14.3,4). O Mestre então revelou que os religiosos
que se encontravam ali faziam determinados trabalhos que eles julgavam
importantes em dia de sábado (Lc 14.5), e que curar o homem, sem importância
para eles, certamente era lícito, por isso, "nada lhe podiam replicar
sobre isso" (Lc 14.6). Uma vez que se tratava de uma refeição, era comum,
em ocasiões como essa, haver uma distribuição especial de lugares para os
convidados que, normalmente, se assentavam ao redor de uma mesa quadrangular,
cuja posição central era ocupada pelo anfitrião, e, bem próximo a ele, isto é,
à esquerda e à direita, posicionavam-se os convidados mais distintos. Era
costume um convidado ser honrado pelo dono da festa. Desejar esta homenagem não
era algo errôneo, porém, na ansiedade de buscar tal honraria, muitos se
excediam, demonstrando ausência de humildade e desejo por reconhecimento
humano.
2. A parábola.
É com este contexto em mente que
devemos estudar a parábola dos primeiros assentos e dos convidados. Havia dois
objetivos por parte do Senhor. Primeiro, Ele procurava ensinar aos convidados
e, ao mesmo tempo, os seus discípulos e a todos os que o aceitam, acerca de não
se buscar lugares de honra, pois no Reino de Deus servir é mais importante do
que ocupar uma posição. Segundo, ao curar o hidrópico, Jesus instruía ao
anfitrião, e a todos nós, que não devemos ser seletivos quanto aos convidados
para uma ocasião especial, pois assim < orno Deus aceita a todos, devemos
ser prestativos e servir a todos, pois se atendermos pessoas abastadas, elas
vão querer nos retribuir, e isso será a nossa recompensa (v.12).
3. Os grandes ensinamentos da parábola.
Os ensinamentos de Jesus para os
convidados não são uma série de bons conselhos sobre etiqueta social, mas
lições com significado prático-espiritual. Por isso, esta última lição visa
conscientizar-nos de nossa postura enquanto discípulos de Cristo, destacando a
importância de, na prática, demonstrarmos o quanto vivemos sob uma forma
diferente da do mundo (Rm I 2.2; Mt 20.17-28).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A interpretação da
parábola dos primeiros lugares e dos convidados ensina-nos grandes verdades
prático-espirituais.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
"A parábola é, na verdade, uma
repreensão de muitos à mesa de jantar. Na maioria das culturas, há lugares de
muita e de poucas honras numa refeição (Bratcher, 1982, p.244). Pessoas de
posição social mais alta têm lugares mais próximos do anfitrião. Para ensiná-los
a ordem das coisas de Deus, Jesus começa exortando-os a que, se são convidados
a um casamento, tomem os lugares mais baixos. Urna pessoa de mais destaque que
eles pode ter sido convidada. Se um convidado chegar antes dessa pessoa e tomar
o assento mais próximo do anfitrião, ele corre o risco de ser humilhado. O
anfitrião pedirá àquele que está num lugar de honra a sair. O convidado
presunçoso talvez descubra que a maioria dos lugares está ocupado, o que o
forçará a ocupar um lugar menos desejável. Sua autopromoção o levou à vergonha
e humilhação.
"Jesus não recomenda a prática
da falsa humildade, mas o convidado que, de começo, toma o lugar mais
humilde não se arrisca a passar vexame. De fato, quando o anfitrião o vir
sentado em lugar humilde, ele o convidará a se sentar mais para cima. Isto lhe
dá honra aos olhos de todos os convidados no casamento.
"Jesus se dirigiu aos
convidados. Agora Ele se volta para o anfitrião. 0 que Ele lhe diz
também se aplica aos líderes religiosos, Os fariseus excluíam os pobres, os
aleijados, os mancos e os cegos da plena participação da vida religiosa. Para
contornar esta prática, Jesus indica que a hospitalidade deve ser estendida a
todos e adverte contra incluir somente os amigos, os parentes, os ricos e os
famosos.
"A tentação é entreter só o nosso
grupo. Quando
um anfitrião convida outros para jantar em sua casa, ele deve incluir aqueles
que não lhe podem devolver o favor. Se ele sente que os convidados vão
retribuir-lhe o convite, o que ele deu? Nada! É apenas comércio, sem ter
generosidade. Sua hospitalidade é motivada por desejo de recompensa. Mas a
verdadeira hospitalidade e generosidade ocorrem quando não há possibilidade de
retribuição. Aqueles que querem agradar a Deus devem alcançar os pobres e os
que sofrem de incapacidade física ou mental Jesus não proíbe que convidemos os
que podem nos retribuir o convite, mas proíbe que esqueçamos os que não estão
em posição de retribuir. Â generosidade e a bondade não devem ser usadas para
ganhar poder sobre os outros e a colocá-los em dívida para conosco. A
verdadeira hospitalidade, instigada por amor genuíno, não tem restrições"
(ARRINGTON, F. L. in ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2003, pp.415,416).
II-AS GRANDES LIÇÕES
DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA LÓGICA HUMANA
II- Sublinhar as grandes
lições da parábola e a inversão da lógica humana;
1. A primeira grande lição da parábola.
Esta parábola ensina, acima de tudo, a
humildade como marca de um verdadeiro seguidor de Cristo (Lc 9.23,24). Jesus
instrui que é prudente a qualquer convidado ocupar sempre o lugar de menor
destaque à mesa, e que esse comportamento deve ser sincero, pois cabe ao
anfitrião a prerrogativa de julgar quem deve ser reconhecido (vv.8,9). A lição
está na ideia de que ocupar de forma espontânea uma posição humanamente
inferior ensejava a oportunidade de se experimentar algo realmente honroso, ou
seja, ao portar-se de maneira humilde o convidado poderia ser honrado com
naturalidade, uma vez que, se fosse chamado a ocupar um lugar à frente, se
destacaria em relação à posição em que se encontrava (v.10). Ao contrário, se
caso se colocasse num local de destaque, sem ter sido convidado para isso,
experimentaria o caminho da vergonha, sendo removido para dar lugar a alguém
que o anfitrião julgasse merecedor e digno daquela honra (vv.8,9).
2. A segunda grande lição da parábola.
Além da sensatez que faz a opção pela
humildade, Cristo ensina nesta parábola que se formos dar um jantar devemos
convidar e acolher os menos favorecidos (v.13). A ênfase da segunda grande
lição ensinada por Cristo mostra que as ações devem ser praticadas sem esperar
reciprocidade alguma (v.12). Tais práticas devem nortear os pensamentos dos
verdadeiros seguidores do Mestre, pois Ele mesmo assim vivia e praticava boas
ações com espírito humilde e amor desinteressado (Mt 20.28; Jo 10.17,18;
15.13). Este ensinamento de Cristo, naturalmente, não se refere apenas ao ato
de convidar alguém para jantar, mas diz respeito a todas as atividades que são
realizadas em favor de algum próximo que não tem como nos retribuir (Mt
25.34-40).
3. A lógica do Reino é diferente da
humana.
As duas grandes lições da parábola dos
primeiros assentos e dos convidados desafiam a lógica humana, pois nesta
prevalecem os adágios e as estratégias oportunistas, mas na lógica do Reino
tudo é diferente (Mt 20.25- 28 cf. v.11). De igual forma, devemos ajudar os que
não têm condições, pois estes geralmente são esquecidos, pois não tendo nada a
oferecer, acabam abandonados. O Senhor, porém, ensina que quando formos
realizar algo assim, devemos convidar "os pobres, aleijados, mancos e
cegos" (v.13), pois estes não têm como nos "recompensar" (v.14).
Isso, porém, não significa que ficaremos sem recompensa.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Humildade e amor
desinteressado são as grandes lições ensinadas nesta parábola que também
desafia a lógica humana.
SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL
"Na época de Jesus, o costume
judaico em um jantar era dispor os assentos em forma de U com
uma mesa baixa diante deles. Os convidados se apoiariam no cotovelo esquerdo, e
estariam sentados de acordo com a sua posição social, sendo o lugar de honra o
assento no centro do U. Quanto mais distante do lugar de honra,
menor o status. Se alguém se colocasse no primeiro lugar e então chegasse outro
convidado mais digno, lhe pediriam que passasse para um lugar inferior. Mas a
esta altura o único lugar vago seria o derradeiro, no final da mesa"
(Comentário do Novo Testamento. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: (PAD, 2009,
pp.417-18).
III-A RECOMPENSA DA
HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO
III- Distinguir a recompensa da
humildade e do altruísmo.
1. Humildade e altruísmo.
Nesta parábola Cristo nos ensina o
cultivo da humildade e do desprendimento-também conhecido como amor
desinteressado ou altruísmo -, como características indispensáveis
ao verdadeiro cristão. Mais do que uma lição de educação humana, Cristo fala
sobre o privilégio que possuímos de «-t vir e não de sermos servidos (Mc
10.45), exultando o serviço ao próximo não por vangloria, mas por dedicação
pessoal e altruísmo (Pv 18.12; Rm 12.9,10; Fp 2.3-11).
2. Amor, a palavra-chave do altruísmo.
Atualmente a palavra amor está
desgastada, pois muitos "amam" apenas de lábios, mas não de verdade
(1 Jo 3.18). O texto bíblico, porém, é bastante enfático: "O amor não seja
fingido" (Rm 12.9a). O amor é a palavra-chave do altruísmo, pois este só
pode ser praticado em amor e, por sua vez, o amor só pode ser revelado na
prática (Tg 2.15-17; 1Jo 3.17).
3. A recompensa.
Retribuir uns aos outros não é
altruísmo, mas ajudar aos que estão necessitados certamente o é, pois isso
trará grande recompensa (vv,12b,14; Mt 10.40-42). Ninguém que ajude e estenda a
mão aos necessitados ficará sem retribuição da parte do Senhor (Mt 25.34-40).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A humildade e o
altruísmo não devem ser praticados por causa de reconhecimento, mas sua prática
com motivações corretas trará recompensa da parte de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Partir o pão com os necessitados e
os inválidos nunca passará sem ser percebido pelo Pai divino. Embora eles não
possam nos oferecer recompensa, Deus pode e recompensa. O que os pobres e os
que sofrem de incapacidade física ou mental não podem fazer por nós, Ele fará
'na ressurreição dos justos'. Quer dizer, no dia em que os justos
ressuscitarem, Deus dará uma recompensa esplêndida àqueles que foram generosos
com os necessitados e os fracos. Tais indivíduos mostram por seu serviço
amoroso que aprenderam a viver a vida do Reino na terra, e eles serão
recompensados com justiça no tempo do fim" (ARRINGTON, F. L. In ARRINGTON,
French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, p.416).
CONCLUSÃO
Jesus aconselhou as pessoas a não se
apressarem a ocupar os melhores lugares em um banquete. Entretanto, hoje muitos
estão ansiosos por elevar a sua posição social. A quem você procura
impressionar? Em vez de buscar prestígio, procure um lugar onde você possa
servir. Se Deus quiser que você o sirva em uma escala maior, Ele mesmo o
convidará a ocupar uma posição elevada.
se você gosta de brincar com seus filhos venha se divertir conosco clicando AQUI.