Lições Bíblicas do 2° trimestre de
2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 9 de Junho 2019.
TEXTO ÁUREO
“Sendo justificados gratuitamente pela
sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para
propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão
dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus.” (Rm 3.25)
Verdade Prática
Jesus Cristo executou, na cruz, o
sacrifício perfeito, obtendo, por meio de seu sangue, e de uma vez por todas, a
redenção eterna para todos os que creem nEle.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lv 6.8-13; Hb 10.4-10: A oferta de holocaustos
Terça - Lv 6.14-23: A oferta de manjares
Quarta - Lv 7.11-21: A oferta pacífica
Quinta - Lv 6.24-30: A oferta pela expiação do pecado
Sexta - Lv 7.1-10: A oferta pela expiação da culpa
Sábado - Lv 16.1-23: O grande Dia da Expiação
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Levítico 1.1-3;
2.1-3; 3.1,2; 7.1,2; 1 João 2.1,2
Levítico 1.1-3:
1 - E chamou o SENHOR a Moisés e falou
com ele da tenda da congregação, dizendo:
2 - Fala aos filhos de Israel e
dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas
ofertas de gado, de vacas e de ovelhas.
3 - Se a sua oferta for holocausto de
gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá,
de sua própria vontade, perante o SENHOR.
2.1-3:
1 - E, quando alguma pessoa oferecer
oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta será de flor de farinha; nela,
deitará azeite e porá o incenso sobre ela
2 - E a trará aos filhos de Arão, os
sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu
azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o
altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao SENHOR.
3 - E o que sobejar da oferta de
manjares será de Arão e de seus filhos; coisa santíssima é, de ofertas
queimadas ao SENHOR.
3.1,2:
1 - E, se a sua oferta for sacrifício
pacífico, se a oferecer de gado macho ou fêmea, a oferecerá sem mancha diante
do SENHOR.
2 - E porá a sua mão sobre a cabeça da
sua oferta e a degolará diante da porta da tenda da congregação; e os filhos de
Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar, em roda.
7.1,2:
1 - E esta é a lei da expiação da
culpa; coisa santíssima é.
2 - No lugar onde degolam o holocausto,
degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o seu sangue se espargirá sobre o altar
em redor.
1 João 2.1,2
1 - Meus filhinhos, estas coisas vos
escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o Justo.
2 - E ele é a propiciação pelos nossos
pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
HINOS SUGERIDOS: 20,
287, 380 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Apresentar as diferentes ordens
cerimoniais que constituem o sistema de sacrifícios estabelecido em Israel.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
A lição desta semana destaca a
funcionalidade dos sacrifícios designados por Deus para compor o complexo
sistema de sacrifícios no Antigo Testamento. As ordenanças quanto aos
cerimoniais deveriam ser seguidas à risca. Esta foi a forma que Deus empregou
para ensinar o seu povo que a reconciliação e a comunhão com Ele não poderiam
ser tratadas com menor importância. Deveria haver temor e obediência contínuos
no cumprimento das suas ordenanças. Entretanto, a Palavra de Deus nos mostra
que o sacrifício único de Cristo na cruz do Calvário foi suficiente para apagar
os nossos pecados e nos reconciliar com o Criador (2 Co 5.21; 1 Pe 3.18).
Portanto, devemos ser gratos a Deus por tão grande amor e bondade.
PONTO CENTRAL
O sistema de sacrifícios do Antigo
Testamento é a representação perfeita do sacrifício de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO
Antes de ser uma resolução de Moisés, o
sistema de sacrifícios estabelecido em Israel foi ordenado por Deus. Os livros
de Êxodo e Levítico apresentam, com precisão, as instruções sobre como eles
deveriam ser apresentados a Deus dentro do Tabernáculo. Nesta lição, veremos
como esse sistema foi praticado e desenvolvido até que chegasse ao supremo e
suficiente sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: a expiação do
Calvário.
I - A OFERTA
VOLUNTÁRIA: O HOLOCAUSTO (Lv 1.1-3)
Explicar o que era
oferta voluntária do Holocausto;
1. O conceito de holocausto.
A palavra “holocausto”, no hebraico,
olah, significa “levantar, fazer subir, que ascende”. Vimos esse
conceito em lição anterior, mas em relação ao altar do holocausto. Aqui,
estamos analisando a apresentação do próprio sacrifício de holocausto. Nesse
sentido, essa oferta era apresentada pelo sacerdote no altar, de onde um
“cheiro suave” subia “às narinas de Deus”. Era um modo antropomórfico; isto é,
uma figura tipicamente humana para referir-se a Deus.
2. O que era a oferta de holocausto?
Basicamente, a oferta apresentada no
altar do holocausto podia ser de animais como boi, ovelha, cabra, pombinhos ou
rolinhas. Cada vítima era queimada no altar. Era um tipo de sacrifício que
apontava para a vítima perfeita: o Cordeiro de Deus “que tira o pecado do
mundo” (Jo 1.29 cf. Is 52.13-15; Fp 2.5-8; Hb 12.2,3).
3. Uma oferta voluntária.
A oferta tinha um caráter voluntário
(Lv 1.3). O objetivo do holocausto era que Deus aceitasse o ofertante. Essa
aceitação dependia de a oferta apresentada pelo sacerdote ser aceita diante de
Deus. Assim, o ofertante colocava a mão sobre a cabeça da vítima a ser
sacrificada, transferindo, para si, os benefícios do sacrifício: a expiação dos
pecados. O animal era imolado fora da tenda e, em seguida, conduzido ao altar
dos holocaustos.
4. O sacrifício de Cristo foi um
“holocausto” agradável ao Pai.
Dois textos bíblicos expressam essa
verdade. Efésios 5.2 diz: “Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em
oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. E também Hebreus 9.13,14:
“porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida
sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o
sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a
Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus
vivo?”. Trata-se, pois, de uma imagem perfeita de como fomos reconciliados com
o Pai mediante o sacrifício de seu amado Filho (2 Co 5.19).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O holocausto era a imagem perfeita de
como fomos reconciliados com o Pai mediante o sacrifício de seu Filho amado,
Jesus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
A aula desta semana é uma excelente
oportunidade para que seus alunos conheçam a aplicabilidade de cada cerimonial
de sacrifício instituído na Lei mosaica. Neste caso, à medida que você destacar
a importância do holocausto como imagem perfeita do sacrifício de Cristo na
cruz do Calvário, é fundamental que seus alunos visualizem como acontecia este
cerimonial. Para tanto, pesquise na internet, ou revistas, e leve para a sala
de aula imagens ou figuras que representem o momento do
holocausto realizado pelo sacerdote. Sugiro para o seu estudo o Novo
Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, especificamente, o capítulo que
trata a respeito da religião; e o livro Tempos do Antigo Testamento: um
contexto Social, Político e Cultural.
II - A OFERTA DE
MANJARES (Lv 2.1-3)
Ressaltar o que representava a
oferta de manjares;
1. O significado da oferta.
Essa oferta representava a gratidão do
hebreu pela fecundidade da terra. Ele tirava os cereais comestíveis e
oferecia-os ao Senhor como “um sacrifício de manjares”. Essa imagem nos fala de
como devemos apresentar o fruto do nosso trabalho diante de Deus. Não podemos
nos apresentar perante Ele de mãos vazias (Mt 25.14-30).
2. Como era a oferta de manjares?
Essa oferta também era chamada de
“Festa das Primícias” (2.12-16). Ela compunha-se de grãos novos e macios
colhidos na primeira colheita. Essa oferta também era feita de farinha fina
misturada com azeite. Sabemos, pela Bíblia, que o azeite é um dos símbolos do
Espírito Santo (Zc 4.2-6; Êx 30.31). Essa oferta faz-nos lembrar da importância
de vivermos uma vida dependente do Espírito Santo. Que possamos, na força do
Espírito, fazer as mesmas obras que o nosso Senhor fez (At 10.38).
3. A oferta aponta para um alimento
espiritual.
A Palavra de Deus diz que o nosso
Senhor é o “pão vivo que desceu do céu”, o trigo que foi moído para se tornar o
nosso alimento espiritual (Jo 6.33-35). Logo, da mesma forma que Israel
obedeceu à ordenança divina de apresentar a oferta de manjares diante de Deus,
nós somos instados, por Cristo, a alimentar-nos dEle. O testemunho do Senhor é
verdadeiro (Jo 5.30; 8.28).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A oferta de manjares representa como
devemos apresentar o fruto do nosso trabalho diante de Deus. Não podemos nos
apresentar perante Ele de mãos vazias.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O próprio cerne da relação do
concerto — comunhão entre o Senhor e o seu povo — e o meio da sua realização
inicial de Levítico, onde, com respeito aos holocaustos, o Senhor diz: ‘À porta
da tenda da congregação [a oferta] trará, para que o homem seja aceito perante
o SENHOR'? (Lv 1.3, ARA). [...] O fato de o concerto entre o Senhor e Israel
ter sido modelado segundo os pactos do antigo Oriente Próximo em forma e
função, permite-nos entender com clareza incomum, a miríade de detalhes
relacionados ao culto no Pentateuco. Os sacrifícios e as ofertas tinham o
objetivo de demonstrar a subserviência de Israel, expiar as ofensas contra o
Soberano, o Senhor, e refletir a harmonia e a índole pacífica da relação
estabelecida ou restabelecida.
O holocausto e a oferta de manjares
(Lv 1-2) serviam para identificar o ofertante como servo do rei, servo que não
ousava chegar diante dele de mãos vazias. As ofertas pelo pecado e pela culpa
(Lv 4-5) serviam para restabelecer uma relação que fora rompida por causa da
desobediência do servo. Elas eram a sua recompensa a um senhor ofendido. As
ofertas pacíficas (ou de comunhão, Lv 3) constituíam expressão da ação de
graças pelo vassalo a um estado de comunhão que atualmente existia. Eram
testemunhos voluntários e não-obrigatórios de um coração cheio de
graças e louvor pela bondade do Senhor” (ZECK, Roy B. Teologia do Antigo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.71,72)
III - A OFERTA
PACÍFICA, O SACRIFÍCIO PELO PECADO E O DIA DA EXPIAÇÃO (Lv 3.1,2; 7.1,2)
Conceituar a oferta
pacífica, a oferta pelo pecado e o Dia da Expiação.
1. O que era a oferta pacífica?
Era um sacrifício em que o ofertante
imolava o animal, tirando porções especiais e separando-as do sangue e da
gordura do animal. Em seguida, o sacerdote espargia o sangue do animal imolado
ao redor do altar, em sinal da propiciação pela vida do pecador. Depois, os
miúdos do animal eram queimados no fogo do altar e, assim, tanto o sacerdote
quanto o ofertante, e sua família, comiam a carne nobre do animal imolado (Lv
2.8,13,16,17). Essa oferta significava, literalmente, “um presente oferecido a
Deus”, e denotava a comunhão e a felicidade do ofertante com o Pai.
2. A simbologia da oferta pacífica.
A oferta pacífica aponta para a nossa
reconciliação com o Pai. A Palavra de Deus mostra que o nosso Senhor proveu a
paz entre o homem e o Criador: “porque foi do agrado do Pai que toda a
plenitude nele habitasse e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua
cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que
estão na terra como as que estão nos céus” (Cl 1.19,20). Isso demonstra que o
Senhor foi a oferta pacífica para reconciliar-nos com o Pai, tornando-se assim,
a nossa Paz (Is 9.6).
3. O que era a oferta pelo pecado?
Diferentemente das outras oferendas, as
ofertas pelo pecado e pela culpa eram obrigatórias. Elas identificavam a
natureza pecaminosa do homem; alguém que necessitava apresentar a Deus algo por
seus pecados. Esse sacrifício era feito fora do arraial.
O animal teria de ser imolado fora do
acampamento hebreu. A Bíblia mostra que Nosso Senhor Jesus foi morto fora de
Jerusalém, fazendo-se pecado por nós (1 Pe 2.24).
4. O grande dia da expiação.
Levítico 16 narra o mais importante dia
para o povo judeu: o dia da Expiação. O dia em que todo judeu devia observar um
jejum e não fazer qualquer trabalho. Esse dia é ainda hoje observado por eles
como Yom Kippur, o “Dia do Perdão”.
O dia da Expiação era a data em que o Sumo
Sacerdote apresentava um novilho por si mesmo e por sua família (Lv 16.6) e um
bode pelo povo (Lv 16.710) no Santo dos Santos, aspergindo o sangue das vítimas
sobre o propiciatório (Lv 16.11-19). O rito representava a mais importante
oferta pelo pecado de toda a nação.
Esse rito aponta para o nosso grande
dia da Expiação, no Calvário, quando Jesus Cristo, nosso Senhor, exclamou na
cruz: “Está consumado” (Jo 19.30).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A oferta pacífica, a oferta pelo pecado
e o dia da expiação são expressões clarividentes da graça redentora de Deus
manifestada na cruz do Calvário.
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“Em certo sentido, o Senhor foi morto
pelos executores romanos. Pedro disse: ‘Vós o matastes, crucificando-o por mãos
de iníquos' (At 2.23). Mas, em outro sentido, Ele não foi morto, pois entregou
voluntariamente sua vida. Jesus disse: ‘Por isso, o Pai me ama,
porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu
de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse
mandamento recebi de meu Pai' (Jo 10.17,18). O Senhor morreu voluntariamente, o
Pastor entregando a vida pelas ovelhas. Que coisa surpreendente! Ninguém morria
de boa vontade nos sacrifícios do Antigo Testamento. Nenhum cordeiro, bode ou
ovelha jamais rendeu espontaneamente a sua vida. Mas Jesus fez isso por nós. É
maravilhoso poder afirmar: ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito'.
Antes de entregar sua vida, Jesus
perdoou os inimigos. Deu salvação a um ladrão arrependido. Cuidou de sua mãe.
Terminou a obra que Deus lhe dera para fazer. [...] hoje devemos seguir o
exemplo de Cristo e perdoar nossos inimigos, pois é possível que venhamos
morrer ainda hoje. Não queremos encontrar o Senhor tendo alguma coisa contra
quem quer que seja no coração. Queremos chegar à hora da nossa morte havendo
compartilhado com outros a salvação” (WIERSBE, Warren W. O Que as Palavras da
Cruz Significam Para Nós. 1a ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.119).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos o quanto era
complexo o sistema de apresentação de ofertas para diversos pecados, e o dia
anual de expiação, em que o Sumo Sacerdote apresentava a oferta pela nação
inteira. Mas a Palavra de Deus mostra-nos que o sacrifício único de Cristo, no
Calvário, foi suficiente para apagar os nossos pecados (2 Co 5.21; 1 Pe 3.18).
Valorize a graça de Deus e alegre-se no
Espírito Santo por este presente: a salvação.
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