Lições Bíblicas do 2° trimestre de
2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 28 de Abril de 2019.
TEXTO ÁUREO
"Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência
e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)
Verdade Prática
Na cruz, o Senhor Jesus Cristo
purificou-nos de todos os pecados, tornando-nos aceitáveis diante de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 9.16-26:
Somente o sangue de Jesus purifica e redime
Terça - Hb 9.23-28: A Morte de Cristo -
o Sacrifício perfeito
Quarta - Fp 2.5-11:
Obediência até a morte de cruz
Quinta - Hb 10.19-22:
Corações purificados da má consciência
Sexta - 1 Co 6.11; Jo 13.10:
Justificados e Santificados
Sábado - 1 Jo 1.9:
Fidelidade e Justiça de Deus
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Êxodo 27.1,2,6,7
27.1 - Farás também o altar de madeira
de cetim; cinco côvados será o comprimento, e cinco côvados, a largura (será
quadrado o altar), e três côvados, a sua altura.
2 - E farás as suas pontas nos seus
quatro cantos; as suas pontas serão uma só peça com o mesmo, e o cobrirás de
cobre.
6 - Farás também varais para o altar,
varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre.
7 - E os varais se meterão nas argolas,
de maneira que os varais estejam de ambos os lados do altar quando for levado.
HINOS SUGERIDOS: 380,
390, 577 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o Altar
do Holocausto aponta para o Calvário.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Na aula passada vimos que o Pátio do Tabernáculo
tinha uma posição especial entre as Tribos de Israel. Relembre esse assunto e
mais algum que você achar importante a fim de garantir um pequeno resumo à
classe.
Passamos pela porta do Pátio. Agora,
paramos no Pátio. Ao cruzar sua porta, deparamo-nos com o Altar do Holocausto.
É o tema desta lição. Apresente-o, mostrando que a lição está estruturada
assim:
(I) O Altar do Holocausto;
(II) As Quatro Pontas (Chifres) do Altar
e o Sentido de Redenção;
(III) O Altar dos Holocaustos é uma
imagem do Calvário.
A aula deve apresentar a perspectiva de
que no Altar do Holocausto se formou a primeira imagem a respeito da
necessidade de redenção dos pecadores. Assim, fomos redimidos pelo sangue de
Cristo Jesus derramado no Calvário.
PONTO CENTRAL
A Cruz do Calvário
foi o Altar do Holocausto da Nova Aliança.
INTRODUÇÃO
Qual era o caminho que o pecador
percorria para ter seus pecados perdoados? Ao estudarmos o Altar dos
Holocaustos e o rito de lavagem dos corpos dos sacerdotes na pia de bronze,
aprenderemos como alguns símbolos apontavam, com impressionante precisão, para
a completude da obra expiatória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nessa
perspectiva, estudaremos o Altar dos Holocaustos, enfatizaremos relação
simbólica das suas quatro pontas com a redenção provida pelo sacrifício vicário
e, por último, como o Altar dos Holocaustos revela uma imagem do Calvário para
nós. Que o Espírito Santo fale ao seu coração!
I - O ALTAR DO
HOLOCAUSTO
Conceituar o Altar do
Holocausto;
1. O Altar do Holocausto.
O termo “holocausto” vem de um prefixo
hebraico que significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Nós o descrevemos
como uma oferta consumida no fogo. No Antigo Testamento, a fumaça do holocausto
exalava um cheiro especial que subia pelos ares. Quando um ofertante entrava no
Pátio do Tabernáculo, a primeira imagem a aparecer-lhe era a do “altar”, mais
conhecido como “o altar dos holocaustos”.
A palavra “altar” sugere uma ideia de
“mesa levantada”, visto que a imolação da vítima do sacrifício dava-se em cima
do altar, ou seja, neste lugar, o sangue dos muitos sacrifícios era derramado
pelos pecados do povo.
2. O modelo do altar e seus materiais.
A forma do altar era quadrada. Seu lado
interno era produzido com madeira de acácia e revestido com uma grossa camada
de bronze (ou cobre). O altar media 2,25m de largura, mais 1,35m de altura. Ele
tinha uma base alta e apresentava quatro cantos com quatro pontas em forma de
chifres. Isso ajudava o sacerdote na ministração da cerimônia, pois o animal ficava
amarrado em um desses chifres para, em seguida, ser sacrificado. Tão logo o
pecador passasse pela porta principal do Pátio, ele teria que passar por alguns
metros de distância pelo Altar dos Holocaustos. Assim, por meio do sacerdote, o
pecador apresentaria a sua oferta de sacrifício ao Senhor.
O modelo estrutural do altar
apresenta-nos alguns símbolos preciosos acerca do sacrifício vicário de Jesus:
1) O Altar dos Holocaustos indica o
caminho de salvação para o pecador. No Altar dos Holocaustos, o pecador
tinha seus pecados expiados. Aqui, o Calvário de Cristo tem um significado todo
especial. O Cordeiro de Deus fez-se de oferta para expiar toda a culpa do
pecador. Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Assim, nosso Senhor suportou, em nosso lugar, o juízo de Deus sobre o pecado,
fazendo-se pecado por nós (Is 53.4,10; Zc 13.7; Mt 26.39; 1 Tm 2.5,6).
Tenha confiança na suficiência do
sacrifício de Jesus! Todo acontecimento histórico e espiritual é relevante em
Cristo. Examinar isso em nosso coração, de maneira sincera, implicará nossa
eternidade.
2) Os chifres do Altar indicam um
símbolo de poder, autoridade e proteção.
Na Bíblia, “os chifres” têm um símbolo
de autoridade, poder e proteção. Essa simbologia estava presente no altar do
holocausto e lembra-nos o mesmo poder, autoridade e proteção que o Senhor
revelou no Calvário. Jesus Cristo, a luz do mundo, é poderoso para salvar todos
os homens (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.8; 1Jo 2.2).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O Altar do Holocausto
era quadrado e seu lado interno era de madeira de acácia e revestido com
bronze.
II - AS QUATRO PONTAS
(CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO
Explicar as quatro pontas do
altar e o sentido de redenção;
O Antigo Testamento apresenta uma linguagem
que prefigura coisas e experiências presentes no Novo Testamento. De modo
geral, a imagem das quatro pontas do Altar dos Holocaustos apresenta-se nessa
perspectiva quando analisamos o sentido de redenção contido nelas:
1. As Quatro Pontas e a Propiciação.
O ato de fazer a propiciação, segundo o
Dicionário Houaiss, implica “tentar obter de alguém sua boa vontade, torná-lo
favorável, aplacar a sua ira com sacrifícios”. Nas Escrituras, o sangue do
sacrifício era de um animal inocente. Quando o sacerdote imolava o animal e
retirava-lhe o sangue no altar de quatro pontas e, com esse gesto, apresentava
a oferta pelos pecados do povo. Isso é uma propiciação, ou seja, um modo de
readquirir o favor de Deus.
O evento era uma ação para apaziguar a
ira de Deus, a fim de que a sua justiça e a santidade fossem satisfeitas e
proporcionassem um perdão eficaz ao pecador.
As quatro pontas do altar do holocausto
rememoram a morte de Cristo como propiciação provida por Deus para cobrir o
nosso pecado e manifestar a justiça divina. O Senhor tomou sobre si o nosso
pecado, revelando-nos o ato gracioso do Pai (Rm 3.24-26; 1 Jo 2.2).
2. As Quatro Pontas e a Substituição.
Levítico 16 diz muito acerca do sentido
de “substituição”. Ele narra que o sumo sacerdote Arão colocava as mãos sobre a
cabeça do animal para sacrificá-lo. Esse animal devia ser um macho sem defeito.
Posteriormente, o sumo sacerdote confessava os pecados e as faltas do pecador
arrependido a partir da oferta apresentada no altar dos holocaustos com as quatro
pontas. Logo, a oferta tomava o lugar do pecador. Foi exatamente assim que
Jesus levou sobre si a nossa culpa, oferecendo-se na cruz em nosso lugar (Is
53.4-6; Jo 1.29; 1 Pe 2.24). Na pessoa de Jesus Cristo, a nossa pena foi
cumprida plenamente (1 Co 5.7).
3. As Quatro Pontas e a Reconciliação.
O Altar era o lugar-símbolo da
reconciliação de Deus com o povo de Israel. Ali, uma vítima inocente era
completamente queimada e consumida, restando apenas o sangue colocado numa
pequena pia e encaminhado ao Lugar Santíssimo, o qual, depois, era aspergido
sobre o propiciatório (Êx 29.11-14; Lv 4.12,16-21; 16.14-19,27). Esse rito nos
leva à cruz como o único lugar onde Deus se encontra com o pecador, a fim de
perdoá-lo e reconciliá-lo mediante o sangue da expiação (Hb 9.12; Rm 5.10,11; 2
Co 5.18,19). Na cruz, o Cordeiro Inocente pagou a dívida do culpado e, por
isso, podemos dizer: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2
Co 5.19).
4. As Quatro Pontas e a Redenção.
A ideia que a palavra nos dá é a da
libertação da prisão do pecado. Logo, Redenção é o pagamento de um preço pelo
resgate de uma pessoa. O preço: a morte de Cristo na cruz (Mt 20.28; At 20.28;
Gl 3.13; 1 Tm 2.5,6; 1 Pe 1.18,19). Aqui, é importante ressaltar que o termo
“redimir” aparece, na língua grega, com o significado de “comprar e tirar fora
do mercado” (uma expressão retirada do comércio de escravos), ou seja,
“resgatar” de uma vez por todas a pessoa da escravidão. Foi isso que Jesus fez
por nós quando nos libertou da escravidão do pecado (Rm 6.22).
SÍNTESE DO TÓPICO II
As quatro pontas do
altar traz um significado de propiciação, substituição, reconciliação e
redenção.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Sendo que as palavras subentendem o
livramento de um estado de escravidão mediante o pagamento de um preço então,
de que fomos libertos? A contemplação dessas coisas é motivo de grande alegria!
Cristo nos livrou do justo juízo de Deus que realmente merecíamos, por causa
dos nossos pecados (Rm 3.24,25). Ele nos livrou das consequências inevitáveis de
se quebrar a lei de Deus, que nos sujeitava à ira divina. Embora não façamos
tudo quanto a Lei requer, já não estamos debaixo de uma maldição. Cristo tomou
sobre si essa maldição (Gl 3.10-13). A sua redenção conseguiu para nós o perdão
dos pecados (Ef 1.7) e nos libertou deles (Hb 9.15). Ele, ao entregar-se por
nós, remiu-nos ‘de toda iniquidade [gr. anomia]' (Tt 2.14) ” (HORTON, M. Horton
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
2018, p.357).
III - O ALTAR DO HOLOCAUSTO
É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
Pontuar que o Altar do
Holocausto é uma imagem do Calvário.
1. O lugar do sacrifício.
No Altar dos Holocautos, como visto
anteriormente, as vítimas inocentes eram sacrificadas no lugar dos pecadores.
Segundo a doutrina do Antigo Testamento, confirmada no Novo, “quase todas as
coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue
não há remissão” (Hb 9.22). O lugar em que foi cumprida de uma vez por todas
tal realidade foi no Calvário (Hb 9.27,28). Nele, o Cordeiro de Deus, o Filho
Unigênito, foi sacrificado por amor a nós (Jo 3.16).
2. O lugar de punição ao pecado.
O altar do holocausto denota que todo o
ato pecaminoso deveria ser punido. A santidade de Deus e sua justiça não deixam
o pecado sem punição. Infelizmente, nos tempos atuais, muitos não gostam de
ouvir acerca da gravidade do pecado e como Deus se ira com ele. É preciso
afirmar que semelhante ao altar do holocausto, o Calvário foi o lugar de
punição do pecado de toda a humanidade. Na Cruz, Deus libertou-nos do pecado e
proveu-nos eficaz salvação em Jesus, pois as Escrituras afirmam: “Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
3. O
lugar de esperança. A obra no Calvário foi muito superior e mais ampla que a
dos holocaustos, pois, a partir dali, o pecador arrependido ressuscita para uma
nova vida (2 Co 5.17). A obra do Calvário traz-nos um chamado à ressurreição.
Nossa vida manifesta agora todo o refrigério do Evangelho e da ação do Espírito
Santo em nós. Por isso, o Calvário é um lugar de esperança!
SÍNTESE DO TÓPICO III
O Altar do Holocausto
remonta o sacrifício, a punição do pecado e o lugar de esperança.
CONHEÇA MAIS
*A respeito do Altar do
Holocausto
“O ‘altar', também chamado ‘o altar
dos holocaustos' [...] era o lugar onde os animais eram imolados em sacrifício
para fazer expiação. [...] O sangue vicário do sacrifício era posto nas pontas
do altar e derramado à sua base.” Leia mais em “Bíblia de Estudo Pentecostal”,
CPAD, pp.161-62.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Cruz de Cristo
Os homens dizem que a cruz de Cristo
não representou um ato heroico, mas quero lhe dizer que a cruz de Jesus Cristo
pôs mais heroísmo na alma dos homens do que qualquer outro evento da história
humana. Muitos homens têm vivido, regozijando-se e morrido, acreditando no Deus
vivo, no Cristo de Deus cujo sangue limpou seus corações do pecado. Eles
perceberam o verdadeiro espírito supremo do seu sacrifício santo - bendito seja
Deus.
Eles manifestaram ao gênero humano
aquela mesma medida de sacrifício, e suportaram tudo o que os seres humanos
poderiam suportar. Quando a resistência já não era mais possível, eles passaram
a estar com Deus, deixando o mundo abençoado pela evidência de uma consagração
profunda, verdadeira, pura e boa, como fez o próprio Filho de Deus” (LAKE, John
G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
2001, pp.53-54).
CONCLUSÃO
Hoje aprendemos que o pecador
precisava, no Antigo Testamento, passar pelo “altar de sacrifícios” para que
fosse aceito diante de Deus. Mas vimos também que Cristo é a oferta suficiente
e eficaz para a expiação completa de nossa culpa. Em Cristo, somos redimidos!
Portanto, prestemos ao Senhor um verdadeiro sacrifício de louvor!
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