Lições Bíblicas do 2° trimestre de
2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 26 de Maio 2019.
TEXTO ÁUREO
“Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo
que se chama o Santo dos Santos." (Hb 9.3)
Verdade Prática
Pelo sangue de Jesus Cristo, o véu da
separação foi rasgado. E, hoje, temos liberdade e confiança para entrar ao
trono da graça de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 26.31-37: Descrevendo o
lugar Santíssimo
Terça - Hb 9.6,7: O serviço dos
sacerdotes
Quarta - Lv 16.2: O aviso de Deus para
o sacerdote
Quinta - Hb 9.24-28: Jesus, o Sumo
Sacerdote Eterno
Sexta - Mc 15.37,38: O caminho foi
aberto para o Santíssimo
Sábado - Mt 27.51: O caminho foi aberto
para a comunhão com Deus
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Êxodo 26.31-35;
Hebreus 9.1-5; Mateus 27.51
Êxodo 26.31-34:
31 - Depois, farás um véu de pano azul,
e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se
fará.
32 - E o porás sobre quatro colunas de
madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes
serão de ouro.
33 - Pendurarás o véu debaixo dos
colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará
separação entre o santuário e o lugar santíssimo.
34 - E porás a coberta do propiciatório
sobre a arca do Testemunho no lugar santíssimo,
35 - e a mesa porás fora do véu, e o
castiçal, defronte da mesa, ao lado do tabernáculo, para o sul; e a mesa porás
à banda do norte.
Hebreus 9.1-5:
1- Ora, também o primeiro tinha
ordenanças de culto divino e um santuário terrestre.
2 - Porque um tabernáculo estava
preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da
proposição; ao que se chama o Santuário.
3 - Mas, depois do segundo véu, estava
o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,
4 - que tinha o incensário de ouro e a
arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro,
que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do
concerto;
5 - e sobre a arca, os querubins da
glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora
particularmente.
Mateus 27.51:
51 - E eis que o véu do templo se
rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.
HINOS SUGERIDOS: 202,
545, 592 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicitar que temos
a liberdade de entrar no "Lugar Santíssimo”.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Apresentar uma vida de serviço e adoração
a Deus no Lugar Santo era o dever do sacerdote. Foi o que vimos na lição
passada. Entretanto, o sumo sacerdote tinha uma função especial e
importantíssima: a de apresentar o sacrifício por si mesmo e por toda nação. Na
lição desta semana, enfatizaremos a importância do Lugar Santíssimo e seu papel
pedagógico e espiritual na vida da nação de Israel. Esse lugar representava o
local onde Deus respondia ao seu povo. Hoje, não temos mais o véu que nos
separa da presença de Deus nem precisamos de um sumo sacerdote para apresentar
sacrifícios pelos nossos pecados. O nosso Senhor e Salvador Jesus já fez tudo
isso por nós. Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.
PONTO CENTRAL
O véu da separação foi rasgado e, hoje,
temos liberdade e comunhão com Deus.
INTRODUÇÃO
O Lugar Santíssimo era o local mais
reservado do Tabernáculo. Ele representava a plenitude da presença de Deus que
habitava entre o povo de Israel. Por isso, nesta lição, estudaremos a posição
do véu no Lugar Santíssimo, o propósito desse véu e a dimensão do Lugar
Santíssimo, bem como a sua relação com a obra expiatória de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. De fato, é uma lição que edificará a nossa vida.
I - O VÉU DO LUGAR
SANTÍSSIMO
Destacar o véu do Lugar
Santíssimo;
1. O véu como barreira ao livre acesso
à Presença de Deus.
O véu era uma cortina feita de linho
fino branco entretecido com fios de cores azul, púrpura e carmesim. O propósito
desse véu era separar o Lugar Santíssimo, no qual estava a Arca da Aliança (Êx
26.33), do Lugar Santo. No Lugar Santíssimo só podia entrar o Sumo Sacerdote, e
somente uma vez ao ano, no dia da Expiação. O israelita comum não podia entrar
nesse lugar, o que demonstra que o véu era uma barreira para o homem comum.
A narrativa bíblica revela o
significado especial do ato, de quando Jesus estava na cruz, expiando o nosso
pecado. Ele ministrou intercessoriamente por nós por meio de seu sangue no
“Lugar Santíssimo”, rasgando o véu da separação. A ministração de Cristo foi em
favor de todo o mundo e não apenas por uma parcela especial ou étnica da
humanidade (Hb 9.11-14 cf. Jo 3.16).
2. O véu tinha um bordado especial com
a figura de querubins (Êx 26.31).
Deus ordenara que se bordassem no véu,
à mão, as figuras de querubins. Uma pergunta relevante cabe aqui: qual a razão
desses querubins serem bordados no véu? A Bíblia registra a história da
rebelião de um querubim presunçoso e orgulhoso que desejava ser igual a Deus.
Mas ele foi expulso para sempre da presença do Altíssimo (Ez 28.14). O nome
desse querubim, hoje, é Satanás, o anjo que rebelou-se contra Deus e, também,
levou com ele uma parte dos seres angelicais.
As figuras de querubins bordadas no véu
lembram ao homem que o Trono de Deus está cercado desses seres angelicais,
refletindo a santidade do Altíssimo. Eles também foram esculpidos sobre o
Propiciatório com as asas voltadas para a Arca da Aliança com o objetivo de
protegê-la (Êx 25.18).
3. O véu e o trançado de seus fios.
Para nós, o tabernáculo e seus móveis
sagrados tipificam o Senhor Jesus. Logo, podemos destacar o seguinte: os
tecidos que constituíam o véu que demarcava o Lugar Santo e o Santíssimo é
símbolo do caráter santo e pleno de nosso Senhor. Assim, a cor azul aponta para
a sua divindade; a púrpura, para a sua realeza; a branca, para sua santidade; o
carmesim, para a sua obra expiatória por toda a humanidade. Ainda, o escritor
aos Hebreus traz uma imagem forte e viva do véu, juntamente com seus fios
trançados, que representava, na “carne” de Cristo, a união da natureza humana e
divina de nosso Senhor: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário,
pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu,
isto é, pela sua carne” (10.19,20).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O véu tinha um
bordado especial com a imagem de querubins, era trançado em linho fino e uma
barreira ao livre acesso a Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Você pode iniciar a aula fazendo a
seguinte pergunta: Qual a diferença entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo?
Com essa pergunta, a ideia é ligar o tema da lição anterior ao tema
presente a fim de que a exposição desta lição faça uma diferença clara entre os
dois lugares do Tabernáculo.
Para ilustrar a aula, você pode
reaproveitar a imagem panorâmica do Tabernáculo que usamos na primeira lição
deste trimestre.
II - O PROPÓSITO DO
VÉU INTERIOR
Mostrar o propósito do véu
interior;
1. O véu era um símbolo da presença de
Deus no Lugar Santíssimo.
Ora, ninguém podia ver a Deus e continuar
vivo (Êx 33.20), mas os homens podiam ver o véu que indicava a presença divina
no outro lado. Em Hebreus, o véu tipifica a “carne” de Cristo, que encobria a
presença divina em seu corpo (1 Tm 6.16; Jo 1.18; 14.9; Col 1.15,16).
2. O véu: um impeditivo ao acesso à
presença de Deus (Lv 16.2; Hb 9.8). A separação que o véu interior
fazia dos dois lugares sagrados, o Lugar Santo e Lugar Santíssimo, demarcava
também os lugares de atuação dos sacerdotes. No Lugar Santo, era permitida a
entrada dos sacerdotes comuns; no Santíssimo, a do sumo sacerdote.
3. O véu indicava o caminho à presença
de Deus.
Sabemos que o sumo sacerdote podia
entrar no lugar santíssimo, não por méritos pessoais nem pela formosura do véu,
senão mediante o sangue da expiação (Lv 16.15). A única função dele era expiar
o próprio pecado e o do povo. Por isso, toda a orientação divina quanto à
pureza do sumo sacerdote e de sua casa era rigorosa.
Hoje, a obra expiatória de Jesus é o
único meio que temos para achegar-nos à presença de Deus (Ef 2.8,9; Hb
10.19,20). Graças ao nosso amado Senhor, já não há mais separação nem muro
entre nós e Deus, pois Cristo é o perfeito mediador entre Deus e os homens (1
Tm 2.5).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O véu interior tinha o propósito de ser
o símbolo da presença de Deus no Lugar Santíssimo, o impeditivo direto à
presença divina e a indicação do caminho para Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A revelação das Escrituras Sagradas
mostra para nós que a salvação pela graça, hoje, é uma doutrina clara e
límpida, pois "no Novo Testamento, a ‘graça', como o dom imerecido
mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos escritos de
Paulo. É um ‘conceito central que expressa mais claramente seu modo de entender
o evento da salvação... demonstrando livre graça imerecida. O elemento da
liberdade ... é essencial'. Paulo enfatiza a ação de Deus, e não a sua
natureza. ‘Ele não fala do Deus gracioso; fala da graça concretizada na cruz de
Cristo'. Em Efésios 1.7, Paulo afirma: ‘Em quem temos a redenção pelo seu sangue,
a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça', pois ‘pela graça
sois salvos' (Ef 2.5,8)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.344-45).
Acerca do Véu
Na língua hebraica o vocábulo “véu”
é paroketh que advêm de uma raiz que significa “separar”. No
Novo Testamento esse mesmo vocábulo é katapetasma, que representa o
véu interior, ou seja, a cortina entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
III - COMO ERA O
LUGAR SANTÍSSIMO?
Salientar como era o
Lugar Santíssimo.
1. O Lugar Santíssimo tinha o formato
quadrangular.
O Lugar Santíssimo é conhecido também
como o "Santo dos Santos”. Um lugar quadrangular, na forma de um cubo, que
media dez côvados de altura, dez de largura e dez de comprimento.
É importante destacar, aqui, que as
medidas do Lugar Santíssimo, no sistema decimal, possuem números diferenciados,
uma vez que pesos, medidas e valores hebraicos são obscuros, e o resultado
sempre produz algumas pequenas diferenças numéricas. De acordo com a Bíblia de
Estudo Pentecostal, um côvado equivalia à medida de dois palmos ou ao tamanho
de nosso antebraço, o equivalente, portanto, a 45 centímetros. Era menor que o
Lugar Santo. O Lugar Santíssimo tipificava o Trono de Deus em Israel.
2. O lugar continha apenas um
mobiliário.
A Arca da Aliança. A Arca da Aliança
tipificava a plenitude da presença de Deus: sua santidade, glória e majestade.
Ali, Deus habitava entre o seu povo!
No Novo Testamento, essa imagem revela
o que Paulo escreveu aos efésios: "para que Cristo habite, pela fé, no
vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes
perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o
comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que
excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”
(Ef 3.17-19).
3. O que podemos aprender por Trono de
Deus e a importância do Lugar Santo?
O Lugar Santo era a antessala do Lugar
Santíssimo; o que mostra o caráter santo da presença de Deus representada na
Arca da Aliança, porque o Deus Santo e glorioso ali estava.
Não percamos de vista a dimensão da
santidade e da glória de Deus. Sejamos santos e não desprezemos o sacrifício de
nosso Senhor Jesus (Hb 10.26,27). Cuidado! A Palavra de Deus nos alerta que o
nosso adversário “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa
tragar” (1 Pe 5.8). Vigiemos! Temamos ao Deus santo e glorioso!
SÍNTESE DO TÓPICO III
O Lugar Santíssimo era um lugar de
formato quadrangular em que estava a Arca da Aliança.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Há um processo de santificação do
espírito humano. Pouco importando o que você diga, se o seu espírito não for
completamente santificado, você sempre estará em perigo. É aquela situação em
que o diabo tem a chance de trabalhar em você.
Portanto, somos ensinados a estar em
santificação, na qual os rudimentos, impurezas, os afetos descomedidos e as
corrupções acabam por causa da incorrupção permanente. Na santificação, todos
os tipos de luxúria perdem seu poder.
Este é o plano. Somente nesta busca
ideal é que Deus nos abençoa em nosso estado de purificação para que deixemos
nossa posição terrena e subamos com Ele em glória. Os santos de Deus, à medida
que avançam em perfeição e santidade, entendendo a mente do Espírito de vida,
são levados a um lugar muito abençoado - o lugar de santidade, o lugar de inteira
santificação, o lugar onde Deus é entronizado no coração.
A mente santificada está tão
concentrada no poder de Deus, que o santo pensa nas coisas que são puras e vive
sob predomínio santo, em que ele experimenta diariamente o poder e a liberdade
de Deus” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.134-35).
CONCLUSÃO
Nesta lição, percorremos o Lugar
Santíssimo. Ele representa a presença santíssima e gloriosa de Deus no meio do
seu povo. Esse lugar, especial e único do Tabernáculo, mostra o que o Senhor
Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote Perfeito, fez ao rasgar o véu da separação.
Diferentemente daqueles dias, onde o Lugar Santo não era aberto a todas as
pessoas, hoje, por meio da obra de Cristo, podemos entrar ao trono de Deus com
ousadia e confiança.
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